Terapias ajudam a mente em sintomas ansiosos e depressivos

Associar psicologia e psiquiatria geralmente é o caminho para tratar questões psíquicas. Profissionais do Senado ajudam a encaminhar pacientes que buscam recuperar a saúde mental.
20/01/2023 12h40

Sofrimento psíquico intenso com a presença de sintomas ansiosos ou depressivos precisa de tratamento imediato. O alerta quem faz é a a psicóloga Marina Vahle, do Serviço de Saúde Ocupacional e Qualidade de Vida no Trabalho (SesoQVT). A pessoa deve procurar ajuda quando ela sentir tristeza, insônia, “manias” (trancar a porta várias vezes, conferir coisas), medos incapacitantes (medo de contaminação, medo de sair de casa), sintomas físicos sem causa orgânica aparente (como alergias cutâneas, perda da voz, dores, etc.), compulsões e obsessões (pensamento fixo em um tema), entre outros.

— O norte para procurar o psicólogo é quando o sofrimento passa a incapacitar a pessoa, tirando sua autonomia, afetando seu jeito de se relacionar, normalmente causando isolamento, bem como afetando sua produtividade — esclarece.

Segundo o psiquiatra Jairo Alves Jr, psiquiatras e psicólogos são profissionais aptos a realizar o atendimento inicial de uma pessoa que busca ajuda relacionada à saúde mental. É comum o psiquiatra encaminhar o paciente para avaliação psicológica e o psicólogo para avaliação psiquiátrica. Na maioria das vezes, os dois tratamentos se complementam. O médico destaca, ainda, que o protagonismo do paciente é essencial para a melhora do quadro.

— Mesmo que o paciente esteja em acompanhamento com um dos profissionais, ou ambos, no que tange à saúde mental, seu protagonismo é fundamental no que diz respeito à alimentação, atividade física, cuidados com as finanças, relações interpessoais, trabalho, descanso e lazer, entre outros — enfatiza.

Quanto antes o paciente buscar ajuda, mais rapidamente poderá abreviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida, ressalta Jairo, uma vez que será avaliado e receberá orientação adequada.

Papéis

Marina explica que a psicoterapia, por meio das técnicas da psicologia, trabalha pensamentos e sentimentos com o objetivo de promover mudança do funcionamento psíquico da pessoa. Ela afirma que o psicólogo está mais capacitado para identificação dos padrões disfuncionais e dos aspectos sociais e históricos envolvidos no adoecimento. Somente esse profissional pode aplicar testes psicológicos.

— A mente do paciente não consegue "metabolizar" direito algumas questões, e o psicólogo faz isso para ele, utilizando sua escuta e sua própria mente. Na psicologia clínica, a relação psicólogo – paciente é um dos grandes motores do tratamento, pois muitos padrões de comportamento se mostram nessa relação e podem ser ressignificados por meio dela — esclarece.

Em complemento, Jairo afirma que o atendimento psicológico, por meio da conversa e da construção do relacionamento com o paciente, procura entender melhor o indivíduo, seus relacionamentos e suas ações, contribuindo assim para que o paciente tenha mais ferramentas para lidar com seus problemas, o que pode cessar ou minimizar os sintomas que o levaram a procurar ajuda.

Já o psiquiatra, afirma Jairo, por ser formado em medicina, pode solicitar exames complementares e lançar mão de medicação psicotrópica, algo que o psicólogo não poderá fazer.

— A utilização de medicamentos ocorrerá após avaliação do paciente com formulação de diagnóstico, intensidade e frequência dos sintomas e da condição clínica que ele apresenta. Feito isso, a proposta terapêutica será realizada com o consentimento do paciente e poderá envolver ou não o uso de medicamentos — pontua.

Primeiro passo

Buscar um psicólogo ou psiquiatra significa lutar por dias melhores. Procure o SesoQVT e veja quais as formas de atendimento. Mais informações podem ser obtidas no ramal 1346 ou pelo Whatsapp (61) 99163-7008.

Texto: Intranet do Senado Federal