Entrevista: falando sobre TDAH

Neste episódio o Dr. Luan Diego Marques explica os tipos de diagnóstico, os tratamentos mais recomendados atualmente, e semelhanças do TDAH com o autismo.
07/12/2022 11h30

De causas genéticas, o TDAH aparece na infância e frequentemente acompanha o indivíduo por toda sua vida, sendo abrandado com o crescimento e maturidade, especialmente na área da hiperatividade.

A Organização Mundial de Saúde aponta que cerca de 3% da população mundial tenha o transtorno, mas há uma diferença grande das taxas de TDAH diagnosticadas de país a país. Em 2017, um estudo revelou que em crianças e adolescentes dos EUA, por exemplo, a taxa era de 8%. A proporção é bem menor no Iraque (1%) e Polônia (3%). De acordo com a Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA), calcula-se que cerca de 2,5% dos adultos brasileiros tenham o transtorno.

Os sintomas mais conhecidos são desatenção, inquitetude e impulsividade. Mas a verdade é que o transtorno traz muitos outros sintomas e, ainda na escola, a criança sofre na tentativa de se adequar ao comportamento dos pares.

Se por um lado os problemas em se concentrar e inquietude são aparentes, eles são apenas a ponta de um iceberg que esconde vários outros sintomas além dos que se vê na superfície.

Intervenção

Tradicionalmente o transtorno é tratado por meio de terapias e medicamentos que estimulam as funções cerebrais, como os que ajudam no foco, e os psiquiátricos, como os que reduzem, por exemplo, os níveis de ansiedade.

Novas técnicas associadas a estímulos magnéticos e elétricos no cérebro, contudo, vem sendo testadas por médicos, pacientes e famílias e podem ser o futuro do tratamento, embora ainda sejam incipientes e, em alguns casos, não estejam no rol de cobertura da Agência de Saúde Suplementar (ANS). O que os pesquisadores procuram saber é, até que medida a neuromodulação influencia de fato a condição do paciente com TDAH.