SIS é referência em gestão de planos de saúde
Encontros para compartilhar experiência e transferir conhecimento entre servidores de diversos planos de saúde. O chamado “benchmarking” tem sido uma estratégia do Sistema Integrado de Saúde (SIS) nos últimos anos e, com a pandemia, ganhou ainda mais força pelo fato as equipes trabalharem on line.
– As ações de benchmarking são uma excelente ferramenta de aprimoramento na gestão de processos – defende a médica Daniele Calvano, da Coordenação de Atenção à Saúde do Servidor (Coasas).
Nessa quarta-feira (19), Edinaldo Rodrigues de Oliveira, servidor da Polícia Federal e integrante da equipe que fará mudanças no plano de saúde da entidade, ouviu dos dirigentes do SIS a experiência de como o plano passou da autogestão para o Saúde Caixa e, desde o ano passado, trabalha num modelo híbrido com duas carteiras – uma para o Saúde Caixa e outra para credenciados diretamente pelo SIS.
– Hoje o SIS é procurado pelos órgãos para contarmos nossa experiência e darmos dicas de como fazer o processo. Mas no passado éramos nós quem procurávamos ideias e referências .O benchmarking foi uma importante ferramenta para chegarmos ao ponto que estamos hoje. E ficamos muito felizes em compartilhar experiências que poderão ajudar outros órgãos – conta o coordenador de relacionamento do SIS, Geovane Resende.
Além da Polícia Federal, os Correios e a Câmara dos Deputados também já fizeram benchmarking via Teams com o SIS. As principais dúvidas vão desde por que ter um plano de autogestão até como formar uma rede de credenciados na prática.
– É claro que cada órgão tem suas particularidades. Enquanto 85% dos usuários do SIS estão em Brasília, a Polícia Federal tem efetivo em uma grande parte das cidades brasileiras – comparou o policial Edinaldo ao ouvir as explicações sobre o funcionamento do SIS.
É por isso que, enquanto para o SIS vale manter o Saúde Caixa no restante do país, para a Polícia Federal, bem mais descentralizada, a demanda é por um plano com possibilidade de rede própria que cubra diversas regiões do país.
Autogestão
Nas reuniões, geralmente os visitantes de outros órgãos questionam a volta do SIS ao modelo de autogestão. A médica Daniele Calvano aponta que um dos principais motivos para essa virada na gestão foram a incerteza sobre a renovação anual do contrato e os termos e exigências da Caixa Econômica.
Até 2011 o SIS tinha credenciamento próprio no DF e parceria com outros planos fora do DF. Naquele ano, foi consolidada uma grande parceria com o Saúde Caixa e os servidores do Senado passaram a ter acesso aos credenciados desse plano. Em 2019, no entanto, o SIS voltou a avaliar a possibilidade de novos caminhos caso o contrato com a Caixa não seja, por algum motivo, renovado.
– Um estudo foi feito levando em conta a possiblidade de contratar um plano privado, assim como fazem as empresas privadas, mas prevaleceu a ideia de que precisávamos ter uma certa autonomia para credenciar. Ao mesmo tempo, precisamos manter a assistência conveniada para o restante do país, uma vez que para nós não é viável manter uma rede própria de credenciados fora do DF porque a grande maioria dos usuários mora aqui – resume Daniele.
Nas reuniões de benchmarking, Geovane Resende explica o passo a passo de como fazer o plano funcionar nesse modelo híbrido, com duas carteiras. Ele também fala sobre editais e documentos necessários para fazer a transição para o modelo.
Geovane acredita que até o final de 2022 o SIS chegará a ter uma autonomia de credenciados com a mesma capilaridade do Saúde Caixa em Brasília.