SIS limita saldo de coparticipação
A partir deste mês, os beneficiários do SIS serão resguardados por um teto no acúmulo do saldo devedor de coparticipação. O limite, de 150 mil, foi aprovado pelo Conselho de Supervisão na última reunião de 2025 e deve alcançar beneficiários que mais fazem uso do plano, como usuários frequentes de diálise, de medicamentos de alto custo e de home care de alta complexidade, entre outros.
Isso significa que se um grupo familiar gerar um saldo de coparticipação que supera R$ 150 mil, o plano passará a arcar com o custo do excedente. Todas as vezes que o saldo extrapolar novamente essa cifra, o plano cobrirá.
– Funciona como uma garantia de que um problema de saúde não causará um superendividamento impagável – esclarece a diretora da Secretaria Integrada de Saúde (Sisaude) , Daniele Calvano.
O conselheiro Edward Catete, representante dos aposentados, explica que as decisões do Conselho de Supervisão consideram vários aspectos, como a saúde financeira e longevidade do SIS, o impacto sobre os beneficiários das diversas faixas salariais, as vantagens e as desvantagens de determinada medida.
– No caso do teto da dívida de coparticipação, foram estudados alguns limites. O teto de 150mil foi considerado o mais adequado neste momento inicial.
Um levantamento do Serviço de Cobranças da Sisaude aponta que atualmente 125 beneficiários devem mais de R$ 150 mil ao plano. O que exceder, será coberto. A renúncia do SIS no recebimento de cerca de R$ 8,1 milhões estimados até o falecimento do beneficiário será compensada com o reajuste de mensalidades de todos os usuários.
Estima-se que em 24 meses o dinheiro renunciado voltará ao caixa do SIS da seguinte forma: os contribuintes na faixa de 21 a 33 anos pagarão R$ 1,40 a mais na mensalidade. Quem tem de 34 a 58 anos terá de contribuir com mais R$ 15,42 e os que estão acima de 59 anos verão acréscimo de R$ 32,49 na cobrança mensal.
Para o conselheiro eleito pelos aposentados Ciro Nunes, aumentar um pouco cada mensalidade foi uma medida assertiva.
– Ela dá mais segurança para todos os servidores, especialmente para os aposentados, ao mesmo tempo que considera a saúde financeira do plano frente a contas hospitalares cada vez mais caras.
O conselheiro José Mauro Queiroz Rocha, representante dos servidores da ativa, ressalta a importância de se considerar a proteção financeira do núcleo familiar do beneficiário.
– O valor do teto pode ser considerado alto em comparação a outros planos de autogestão, porém é um primeiro e importante passo para que o beneficiário, que teve a saúde tão acometida, não tenha mais uma dívida infinita com o plano de saúde.
Mensalidades
Além de aumentar as mensalidades para evitar o superendividamento, os conselheiros do SIS também definiram o reajuste anual em 6,06% na tabela de mensalidades para o próximo ano.
O índice é exatamente o mesmo estabelecido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para reajustes dos planos comerciais de maio de 2025 a abril de 2026.
No SIS, o reajuste ficou abaixo do autorizado pelo Conselho do SIS, em 2018, que previa o um índice até o dobro do liberado para a ANS aos planos comerciais. De acordo com Daniele Calvano, estudos sobre a viabilidade financeira do plano são realizados constantemente. E o índice aprovado é o melhor possível.
— O grande desafio da gestão de qualquer plano de saúde não só no Brasil, mas em todo o mundo, é oferecer uma cobertura de excelência sem comprometer as contas do uso natural plano, que são altas.
Carteiras
Até a próxima segunda (29) as novas carteiras do Saúde Caixa, válidas para uso em todo o país durante 2026 serão renovadas no site.
A nova carteira da rede própria do SIS para uso no Distrito Federal e nos hospitais de notória especialização em 2026 já pode ser emitida no site do SIS.
Matéria atualizada em 26/12 às 16h36.