Movimento antivacina coloca em xeque a imunização em massa

O tétano, por exemplo, é uma preocupação no ambiente de trabalho onde há risco de cortes.
14/06/2024 11h00

A humanidade conta, há mais de 200 anos, com uma aliada fundamental na prevenção e erradicação de doenças perigosas: a vacina. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), vacinas evitam, a cada ano, entre dois e três milhões de mortes.

O tétano acidental, por exemplo, é uma dessas doenças graves que levam a óbito, mas que podem ser evitadas pela vacina. A bactéria que a desencadeia usa ferimentos como porta de entrada e pode estar presente na pele, fezes, terra, galhos, plantas baixas, água suja e até na poeira.

— Nossa preocupação principal no Senado quando tem casos de acidentes de trabalho perfurocortantes é o tétano, pois tem um índice de mortalidade altíssimo, quase 100%. Por isso, a orientação é para tomar vacina o mais rápido possível. Se a pessoa não sabe se está vacinada, é preferível vacinar do que deixar de tomar — afirma Maria Caetano, enfermeira do Serviço Médico de Emergência (Semede).

Outras doenças que têm vacinas e podem ser fatais, ou deixar sequelas para toda a vida, são o sarampo e a poliomielite, lembra a enfermeira. Ela também ressalta que recentemente foi possível sair da pandemia devido à vacinação contra covid-19. Apesar das evidências científicas, a OMS aponta como um dos maiores desafios da atualidade o combate ao movimento anti-vacina, que questiona a eficácia e a segurança dos imunizantes.

— Muitos adultos de hoje não conviveram com os dramas causados pelas doenças preveníveis pelas vacinas. Quando alguém é vacinado, se atinge indiretamente um efeito coletivo ao reduzir a circulação de agente infeccioso. As vacinas são seguras e seus possíveis efeitos adversos, causados por uma reação imunológica, são menores e facilmente contornáveis, como dor muscular no local ou estado febril — conscientiza a enfermeira.

No Brasil, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Sistema Único de Saúde (SUS) oferece gratuitamente à população brasileira 49 imunobiológicos, sendo 22 vacinas. A proteção começa ainda nos primeiros dias de nascido e pode se estender por toda a vida, contemplando as necessidades de todas as faixas etárias.

Por: equipe da intranet do Senado Federal

Foto: Gustavo Fring / Pexels