Levantar-se da cama, caminhar, sentar-se, amarrar o sapato... Atividades corriqueiras que exigem força e mobilidade, duas habilidades intimamente ligadas, afinal, a primeira dá sustentação ao movimento permitido pela segunda. A dupla, determinante para a qualidade de vida, pode ser comprometida por doenças, lesões, avanço da idade e sedentarismo. Nessas situações, contar com um fisioterapeuta pode fazer toda a diferença.

Embora muito associada à ortopedia, a fisioterapia contribui para a reabilitação após lesões, traumas e cirurgias nos diversos sistemas do corpo. Além disso, pode ajudar a reverter ou estabilizar comprometimentos causados por condições respiratórias (como bronquite e pneumonia), neurológicas (como doença de parkinson e acidente vascular cerebral) e cardíacas (como insuficiência cardíaca e infarto).

A fisioterapia também contribui para melhora do equilíbrio e alívio dores. Segundo a fisioterapeuta Nara Matos, a dor lombar é uma das principais queixas apresentada em consultório, incidindo em 60-80% da população, segundo estudos epidemiológicos. Fatores como sedentarismo, má postura, levantamento de peso de forma incorreta e tempo prolongado sentado estão entre as causas mais comuns.

Ela conta que mais recentemente tem observado aumento da demanda por parte de dois grupos de pacientes: esportistas, em busca de atendimentos voltados para à prevenção de lesões, e idosos.

– A fisioterapia auxilia bem nessas duas frentes. Afinal, o exercício físico é determinante para longevidade com bem-estar e saúde. E as pessoas que já estão em idade avançada querem ter qualidade de vida para viajar e segurar o neto no colo – exemplifica.

Recursos

Entre os recursos utilizados pela fisioterapia tradicional, estão os aparelhos para eletroneuroestimulação, ultrassom, infravermelho, laser, técnicas terapêuticas manuais e exercícios físicos específicos.

Além disso, o profissional da área pode ser habilitado em técnicas específicas, como Osteopatia (mobiliza e manipula articulações e membros), método McKenzie (voltado principalmente a dores de coluna e pescoço), Quiropraxia (manipula e ajusta articulações), Método Busquet (trata disfunções musculoesqueléticas e melhora postura), Pilates (atua preventivamente, fortalece e alonga o corpo por meio de exercícios guiados) e RPG (sigla para Reeducação Postural Global, que corrige a postura e alinha o corpo).

–  A prevenção é mais barata do que o tratamento de um problema, de uma queda por fraqueza muscular, por exemplo. Inclusive é importante ter em mente que depois de um acidente assim, certamente o paciente vai precisar de fisioterapia para ter uma recuperação completa – alerta Nara Matos, sócia da Fisiotrauma, clínica credenciada ao SIS.

Atendimento

Para fazer sessões de fisioterapia pelo convênio, é necessário um pedido médico.  Embora muitas vezes já conste no documento o tipo de técnica recomendada, o fisioterapeuta tem autonomia para definir a melhor alternativa de tratamento, a depender do que se encaixe melhor às condições e preferências do paciente. Isso é definido na avaliação inicial, em que o fisioterapeuta analisa movimentos, força muscular, bloqueios articulares e equilíbrio do paciente.

Cobertura

O SIS cobre fisioterapia nas seguintes modalidades e frequências semanais:

- Fisioterapia convencional e hidroterapia (fisioterapia na água): até cinco sessões

- pilates: até três sessões

- osteopatia: até duas sessões

- quiropraxia: até duas sessões

- RPG: até duas sessões

Caso o pedido ultrapasse essa quantidade prevista pelo plano, o caso será avaliado por perícia.

Como fazer

De posse do pedido médico, o beneficiário deve procurar um prestador de serviço. Na rede credenciada, o próprio estabelecimento solicita ao plano a autorização para o tratamento. Se o estabelecimento não for conveniado, o beneficiário deve protocolar um pedido de autorização prévia para reembolso junto ao SIS.

O pedido deve ser feito em formulário próprio e ter anexados o pedido médico e o relatório do fisioterapeuta que fará o tratamento. Os documentos devem ser encaminhados por Sigad (servidores da ativa) ou e-Protocolo (aposentados e pensionistas). Assim que a autorização é emitida, o agendamento das sessões pode ser feito.

As autorizações para tratamento continuado podem ser concedidas por até seis meses, permitida a prorrogação em caso de necessidade comprovada por meio de relatório do profissional assistente e parecer emitido pela perícia médica do SIS. Para os beneficiários com deficiência ou incapacidade permanente, reconhecida em parecer da perícia do SIS, as autorizações poderão ser concedidas pelo prazo de até doze meses.

No caso de atendimento fora da rede credenciada, depois do atendimento o beneficiário deve encaminhar ao plano de saúde o formulário próprio de solicitação de reembolso e a nota fiscal com o carimbo e número de inscrição do fisioterapeuta no conselho profissional (Crefito). Os documentos devem ser encaminhados por Sigad (servidores da ativa) ou e-Protocolo (aposentados e pensionistas).

Domicílio

Em alguns casos em que a locomoção do paciente é dada como inviável pelo médico que o assiste, há a alternativa de se pedir que o fisioterapeuta vá até a casa da pessoa. O SIS tem contrato com três clínicas para essa modalidade: Geroclínica, Athos Fisio e Vita Center. Os telefones podem ser consultados na nossa lista de credenciados.