Setenta e dois mil novos casos de câncer de próstata devem ser diagnosticados no Brasil até 2025. Esse é o segundo tipo de câncer mais comum entre os homens, atrás apenas do câncer de pele. Dados sobre a incidência da doença, consolidados pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA), também deixam claro que o principal fator de risco para esse adoecimento é a idade. Seis em cada 10 casos de câncer de próstata ocorrem em pacientes com mais de 65 anos, ao passo que são raros entre os que têm até 40 anos.

Outros fatores de risco para o câncer de próstata estão relacionados ao estilo de vida, por exemplo, dieta pouco saudável, sedentarismo, abuso de álcool e tabagismo. Além disso, a hereditariedade: homens com histórico familiar da doença devem ter atenção redobrada.

Próstata

A próstata é uma glândula que faz parte do sistema reprodutor masculino. Ela fica abaixo da bexiga e é responsável por produzir uma secreção que faz parte do sêmen e que tem a função de nutrir e proteger os espermatozoides. Seu tamanho varia conforme a idade. Em homens jovens, tem as dimensões de uma ameixa. Na velhice, pode ter o tamanho aumentado.

O número de casos de câncer de próstata vem subindo influenciado pelo envelhecimento da população. Por outro lado, o diagnóstico precoce, antes mesmo da manifestação de sintomas, tem aumentado as chances de cura.

Sinais

Os sintomas da doença na fase inicial incluem dificuldade de urinar, demora em começar e terminar de urinar, presença de sangue na urina, diminuição do jato de urina e necessidade de urinar com mais frequência.

Importante notar que esses sinais também podem se manifestar na presença de doenças benignas, como o aumento natural da próstata que acontece com o avanço da idade (hiperplasia benigna da próstata) e a prostatite, inflamação causada por bactérias.

O médico urologista Rafael Souza Maurmo alerta que, embora o câncer seja a principal preocupação quando se fala em saúde da próstata, ele não deve ser o único motivo para que homens procurem o urologista.

– O crescimento natural e benigno da próstata também tem que ser observado e acompanhado, porque pode trazer uma piora significativa da qualidade de vida e do padrão miccional dos homens – explica Marurmo.

Acompanhamento

O rastreamento e o diagnóstico do câncer de próstata são feitos por dois exames iniciais. O de toque retal é indolor e rápido e permite ao médico palpar a próstata e avaliar tamanho, forma e textura do órgão.

Já o exame de sangue consegue medir a quantidade de uma proteína produzida pela próstata – o  Antígeno Prostático Específico (PSA). Níveis altos dessa proteína podem significar câncer, mas também doenças benignas da próstata. Por isso, os dois exames devem ser feitos de forma complementar. Alterações nos resultados podem indicar a necessidade de realização de biópsia, para avaliação em laboratório do material coletado.

A Sociedade Brasileira de Urologia recomenda que todos os homens se consultem com um urologista a partir dos 50 anos para avaliar a saúde do órgão. Já os que têm histórico familiar de câncer de próstata, cor de pele negra ou obesidade mórbida devem procurar orientação médica a partir dos 45 anos.

Veja o recado do senador e urologista Nelsinho Trad (PSD-MS) para conscientização sobre o exame da próstata:

Por Juliana Costa

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