Caso de polícia
Para engajar os beneficiários na prevenção e combate a fraudes contra os planos de saúde, a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), que representa as maiores empresas do setor atua junto ao Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, que já investiga quadrilhas envolvidas nas fraudes.
– Fraudes comprometem não apenas os planos, mas também a vida e a dignidade do consumidor. Imagina uma pessoa ser envolvida como cúmplice de uma quadrilha que pratica fraudes contra a saúde suplementar. O consumidor precisa estar muito atento – reforça Angélica Carlini, especialista no mercado segurador e em relações de consumo.
A coordenadora geral de Saúde, Daniele Calvano, acrescenta que, no caso do SIS, quem fraudar o plano de saúde deve também arcar com possíveis condenações por crime contra a administração pública, uma vez que a União, por meio do Tesouro Nacional, contribui para os planos de saúde autogeridos de órgãos federais, como o Senado.
– Caso uma suspeita de fraude seja comprovada, a obrigação do SIS é denunciar a operação à polícia legislativa, que se encarregará de fazer uma apuração mais precisa e, se for o caso, abrir uma sindicância contra o responsável pela fraude – adverte Daniele.