História da República no Brasil: Era Vargas e o segundo período da República — Rádio Senado
História

História da República no Brasil: Era Vargas e o segundo período da República

O segundo período da República no Brasil começou com a tomada do poder por Getúlio Vargas, em 1930. No ano de 1937, Getúlio instala a ditadura no país, que se estende até 1945. O período é marcado por muita violência e repressão. Foi criado o Departamento de Imprensa e Propaganda, que era encarregado de censurar as emissoras de rádio e jornais. A Era Vargas também foi marcada pelo avanço da industrialização do país e pelo estabelecimento da Consolidação das Leis do Trabalho somente para as pessoas do meio urbano.

Ouça aqui todas as reportagens da série:

Parte 1 - República Velha e o marco inicial do período republicado

Parte 2 - Era Vargas e o segundo período da República

Parte 3 - República Nova

Parte 4 - Ditadura militar

Parte 5 - Nova República começa com o fim da ditadura militar

20/09/2018, 19h03 - ATUALIZADO EM 26/09/2018, 12h15
Duração de áudio: 02:47
caupa.gov.br

Transcrição
LOC:. A ERA VARGAS SE INICIOU EM 1930 COM A TOMADA DO PODER POR GETÚLIO VARGAS. LOC: O PERÍODO FOI MARCADO PELA VIOLÊNCIA E PELA INDUSTRIALIZAÇÃO DO PAÍS. MAIS INFORMAÇÕES NA SEGUNDA REPORTAGEM DESTA SÉRIE SOBRE A HISTÓRIA DO PERÍODO REPUBLICANO NO BRASIL, DE MARIA FERREIRA. TÉC: A chamada Era Vargas teve início no ano de 1930 com a tomada do poder por Getúlio Dornelles Vargas. Getúlio foi chefe de Estado no período entre 1934 e 1937 e ditador com poderes ilimitados entre 1937 e 1945. Ele já havia sido Ministro da Fazenda e Governador do Rio Grande do Sul. A época foi marcada pelo uso extremo de violência e de torturas, como o caso da alemã Olga Benário, que foi deportada grávida para a Alemanha. A repressão à imprensa foi marcada pela criação do Departamento de Imprensa e Propaganda, que era encarregado de censurar as emissoras e jornais. Por isso, não há fartura de registros da época. O Executivo era, na prática, o único poder válido, acima até do judiciário. Antes disso, o rodízio de indicações à presidência era feito principalmente por Minas Gerais e São Paulo, mas em 1926 a elite paulista rompe com esse sistema, causando insatisfação, como explica o professor doutor da Universidade de Brasília, Virgílio Arraes. (Virgílio Arraes) Como a economia não estava boa, isso vai se refletir também na política, então nesse sentido, Estados que se consideravam alijados do poder, concentrado na época em São Paulo, como Rio Grande do Sul, parte do nordeste, e com a insatisfação de Minas Gerais, que achava que teria o direito ou a vez de poder indicar o candidato à presidência da República, não novamente São Paulo, então essas forças descontentes de reúnem e em outubro de 29 executam o Golpe de estado. (Repórter) Os efeitos da crise de 1929 nos Estados Unidos afetaram o mundo inteiro e, durante muito tempo, o Brasil foi prejudicado. Depois da crise, a Era Vargas também foi marcada pelo avanço da industrialização do país, mas tudo feito sob grande repressão. (Virgílio Arraes) Há uma melhora mas sob mão de ferro, então os sindicatos eram cooptados, as organizações civis também, os estudantes, o próprio patronato. Então você não tinha liberdade. O que se pode especular é se eventualmente não poderia ter sido mais, se fosse numa transição democrática, se tivesse sido um período em que a democracia tivesse vigorado, ou tivesse sido modernizada como foram as relações econômicas em parte do país. (Repórter) Vargas foi responsável pelo estabelecimento da Consolidação das Leis do Trabalho somente para os trabalhadores do meio urbano. Por pressão principalmente dos profissionais liberais e das forças armadas, o ditador renuncia ao poder em 1945, quando tem fim a chamada Era Vargas. Com supervisão de Tiago Medeiros, da Rádio Senado, Maria Ferreira.

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