Janeiro Branco busca promover a saúde mental como prioridade coletiva — Rádio Senado
Campanha

Janeiro Branco busca promover a saúde mental como prioridade coletiva

A campanha Janeiro Branco foi criada pela Lei 14556/2023, sancionada em abril de 2023 e discutida no Senado. O senador Confúcio Moura (MDB-RO) diz que é preciso sensibilizar trabalhadores da atenção à saúde sobre a importância do bem-estar psicológico. Já a senadora Zenaide Maia (PSD-RN) considera que é preciso falar abertamente de depressão, ansiedade e outros sintomas de dor psíquica. Neste ano, o tema da campanha é "O que fazer pela saúde mental agora e sempre?".

15/01/2025, 16h25 - ATUALIZADO EM 15/01/2025, 17h00
Duração de áudio: 03:40
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Transcrição
NESTE ANO, A CAMPANHA JANEIRO BRANCO TEM COMO TEMA: "O QUE FAZER PELA SAÚDE MENTAL AGORA E SEMPRE?" SENADORES ALERTAM SOBRE A IMPORTÂNCIA DE SE BUSCAR CUIDADOS ESPECIALIZADOS QUANDO NECESSÁRIO. REPÓRTER MARCELLA CUNHA. O mês de Janeiro é dedicado a campanhas nacionais sobre saúde mental, com foco especial na prevenção à dependência química e ao suicídio. Chamada Janeiro Branco, a iniciativa aprovada pelo Senado virou lei nacional em 2023. A intenção é incentivar os bons hábitos, estimular ambientes saudáveis e prevenir doenças psiquiátricas. Este ano, a campanha tem como tema "O que fazer pela saúde mental agora e sempre?". A ideia é apoiar ações concretas que estimulem a valorização da saúde mental como prioridade coletiva. Estão previstas palestras, oficinas e eventos culturais em diversas cidades como forma de conscientizar as pessoas sobre a importância do autocuidado. O senador Confúcio Moura, do MDB de Rondônia, que é médico, defende a necessidade de sensibilizar os trabalhadores da atenção à saúde sobre a importância do bem-estar psicológico. O homem é extremamente complexo, então a gente não pode só medir pressão, mandar falar 33. Mas é fundametal que o médico tenha essa visão mais holística, mais conjunta. Então, esse mês de Janeiro Branco é mais com esse objetivo, da prevenção das dramáticas consequências dos problemas mentais, pode levar ao suicídio, pode levar a uma depressão profunda, uma depressão resistente aos remédios. Hoje, o remedismo virou moda, todo mundo quer tomar antidepressivo, remédio para dormir toda hora.  Confúcio também lembrou os efeitos nocivos da pandemia de Covid-1 sobre a saúde mental da população.  Depressão, isolamento, tristeza, de medo, pânicos, então, foi uma onda muito avassaladora sobre a saúde mental do povo brasileiro. Mas é muito importante, devido hoje em dia a população brasileira estar mais urbanizada e os conflitos, pricipalmente das populações mais pobres, das periferias, a labuta pela sobrevivência, os deslocamentos para o trabalho, muito penosos, as esperas, tudo isso é muito angustiante e vai levando a  população ao sofrimento. Já a senadora Zenaide Maia, do PSD do Rio Grande do Norte, defendeu a aprovação de políticas públicas e orçamento para enfrentar as doenças de fundo psicológico. Ela também acredita que a população deve ser estimulada a refletir sobre emoções, comportamentos e qualidade de vida, não só no mês de janeiro. A saúde mental é um dos grandes problemas do mundo complexo de hoje. As doenças e transtornos afetam crianças, jovens e idosos de maneira preocupante. Precisamos sim falar abertamente de depresão, ansiedade e outros sintomas de dor psíquica. Se voce vive essa dor, ou conhece alguém que passa por esse sofrimento, procure auxílio.  O Brasil é considerado pela ONU o país mais ansioso do mundo e o quinto mais depressivo. O relator do projeto que criou o Janeiro Branco, senador Veneziano Vital do Rêgo, do MDB da Paraíba, avalia que "tão importante como a atenção às medidas individuais é o olhar para a saúde mental como saúde pública, que possibilite uma visão estrutural da promoção e prevenção dos transtornos mentais. Da Rádio Senado, Marcella Cunha

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