Brasil tem 11 milhões de analfabetos, aponta IBGE — Rádio Senado
Dia Nacional da Alfabetização

Brasil tem 11 milhões de analfabetos, aponta IBGE

O Dia Nacional da Alfabetização é celebrado em 14 de novembro em alusão ao dia da criação do Ministério da Educação e Cultura, em 1930. Atualmente 11 milhões de pessoas não sabem ler nem escrever. A meta do Plano Nacional de Educação é erradicar o analfabetismo até 2024. Com a suspensão das aulas presenciais por causa da pandemia de covid-19, a alfabetização foi prejudicada. O vice-presidente da Comissão de Educação, senador Flávio Arns (Podemos-PR), informou que apenas 33% das escolas têm internet e a maioria dos alunos não possui computador com conexão de qualidade. A reportagem é de Iara Farias Borges, da Rádio Senado.

12/11/2020, 15h22 - ATUALIZADO EM 12/11/2020, 15h22
Duração de áudio: 02:14
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Transcrição
LOC: NESTE SÁBADO, 14 DE NOVEMBRO É CELEBRADO O DIA NACIONAL DA ALFABETIZAÇÃO. LOC: E A PANDEMIA COLOCOU EM RISCO O CUMPRIMENTO DA META DO PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO DE ERRADICAR O ANALFABETISMO ATÉ 2024. REPORTAGEM DE IARA FARIAS BORGES (Repórter) O Dia Nacional da Alfabetização é comemorado desde 1966. A data, 14 de novembro, celebra a criação do Ministério da Educação e Cultura nesse dia, em 1930. Atualmente, onze milhões de brasileiros não sabem ler nem escrever. Mais da metade dos analfabetos são idosos e os maiores índices de analfabetismo estão nas regiões Nordeste e Norte. Além disso, o número de iletrados negros é três vezes maior do que o de brancos. Segundo o vice-presidente da Comissão de Educação, senador Flávio Arns, do Podemos do Paraná, esses dados da Pnad, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, mostram a desigualdade existente no país. Para o senador Flávio Arns, a suspensão das aulas presenciais para evitar a propagação do novo coronavírus afetou principalmente a alfabetização das crianças. (Flávio Arns) “A alfabetização depende muito do contato pessoal, da aprendizagem, da interação com professor, da discussão do professor com a criança para ver exatamente as facilidades e as necessidades. Então, isto todos alfabetizadores vão ter que pensar muito em como fazer esse processo após a pandemia”. (Repórter) A pandemia também expôs a desigualdade no acesso a tecnologias, que acentua o déficit educacional. O senador Flavio Arns informou que apenas um terço das escolas têm internet e a maioria dos alunos não possui computador com conexão de qualidade. (Flávio Arns) “Imagina uma pandemia dessa natureza como também fez com que a desigualdade aumentasse em função do fato de que a maior parte dos nossos alunos não têm acesso às tecnologias, à internet, à busca de conhecimentos a distância”. (Repórter) Apesar das dificuldades, o vice-presidente da Comissão de Educação reconhece que houve avanços, como a aprovação do Fundeb, o Fundo de desenvolvimento da Educação básica, que se tornou permanente.

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