Sessão especial celebra presença da Renovação Carismática Católica no DF
Da Agência Senado | 07/07/2023, 18h58
Com a presença de músicos, cantores e líderes religiosos, os 50 anos da Renovação Carismática Católica (RCC) no Distrito Federal foram comemorados em sessão especial do Senado nesta sexta-feira (7). Pronunciamentos salientaram a disseminação do movimento pelo país e pelo mundo e as transformações nas vidas de seus adeptos.
A homenagem atende a requerimento (RQS 590/2023) do senador Izalci Lucas (PSDB-DF), que presidiu a sessão especial. Na abertura, Izalci resumiu a história da RCC, surgida nos Estados Unidos em 1967. Segundo o senador, a Renovação Carismática — que acredita na manifestação direta do Espírito Santo entre os fiéis — tomou corpo como reação a movimentos históricos e sociais que tendiam a afastar os jovens da religião e ganhou o reconhecimento dos papas que se seguiram.
— Ali se deu a experiência transformadora de vida e que ainda está acontecendo, e que continua em cada lar, em todo coração, quando o Espírito Santo se manifesta nos dons da cura, na palavra de sabedoria e, acima de tudo, no dom extraordinário da fé.
Izalci homenageou os membros da Renovação Carismática Católica que, há 50 anos, chegaram ao Distrito Federal para “propagar a nossa fé no batismo do Espírito Santo”.
Após vídeo institucional com testemunhos de adeptos, o bispo auxiliar de Brasília e secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Ricardo Hoepers, definiu o movimento como um “encontro pessoal com Deus”.
— Este dia de júbilo e louvor é para dizer “obrigado”, não para os que estão na RCC, mas obrigado a Deus, que nos torna instrumentos em suas mãos e, por ele, a corrente de graças continua agindo.
O presidente do Conselho da RCC do DF, Antônio Manuel de Souza Filho, repercutiu o sentimento de mais de 200 grupos de oração que interpretam o movimento como um sinal do amor de Deus capaz de transformar vidas.
— Essa corrente continua a atingir milhões de pessoas pelo mundo inteiro. É esse fogo que não se apaga, é uma chama sempre acesa que vem à nossa alma e aquece o nosso coração.
Vinícius Simões, presidente do Conselho Nacional da RCC no Brasil, citou as palavras de encorajamento dirigidas pelo Papa Francisco à RCC. Ele pontuou que a presença da RCC vai além das igrejas e se verifica em toda a sociedade.
— As comportas do Céu estão como que mais abertas sobre nós. É tempo de renovação da aliança, tempo de revigoramento, de regeneração, de resgate, de colheita abundante sobre cada um de nós.
Patti Gallagher Mansfield, pioneira da RCC no mundo, destacou a intensidade com que o Brasil adotou o movimento. Ela lembrou as origens da Renovação Carismática, marcadas por experiências místicas diretas.
— Que essa graça maravilhosa do Espírito Santo possa varrer toda a sua nação, e que os brasileiros possam liderar o mundo inteiro, pois brasileiros são vencedores — declarou.
A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) associou a prosperidade à manifestação do poder de Deus sobre a nação e repudiou quaisquer tentativas de “calar a Igreja”.
— O Coliseu não nos parou. Os leões não nos intimidaram. A crucificação, o apedrejamento, as prisões não detiveram a Igreja do Senhor.
O deputado federal Professor Paulo Fernando (Republicanos-DF) também chamou a atenção para a atuação da RCC fora das igrejas e manifestou esperança de que o Brasil possa ser efetivamente a “Pátria do Evangelho”. O deputado distrital João Cardoso (Avante), presidente da Frente Católica Parlamentar, atribuiu à Renovação Carismática seu retorno à Igreja e cobrou maior presença dos católicos na política. Katia Roldi Zavaris, coordenadora do Serviço Nacional de Comunhão no Brasil (Charis), disse que o povo do Distrito Federal se deixou abraçar pela Igreja através da RCC, que atua como “caminho de conversão que atravessa todo o mundo cristão”.
No encerramento da sessão, Izalci entregou placas de homenagem aos representantes da RCC pelos serviços prestados a Brasília.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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