Juscelino, o presidente do desenvolvimento

Ricardo Westin | 19/12/2012, 22h48

Prefeito, governador e presidente, Juscelino Kubitschek sempre procurou focar seus mandatos no desenvolvimento.

Na Prefeitura de Belo Horizonte (1940-1945), abriu amplas avenidas, aumentou as redes de água e esgoto e construiu o moderno bairro da Pampulha, com uma lagoa artificial e construções projetadas por Oscar Niemeyer (1907-2012).

No governo de Minas (1951-1955), abriu rodovias, fundou a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e construiu usinas hidrelétricas – condição essencial para a instalação de indústrias no estado.

Na Presidência da República (1956-1961), seu feito mais célebre foi a construção de Brasília. Além do objetivo de levar o desenvolvimento do litoral para o interior do país, a nova capital tinha uma grande força simbólica: marcava o fim do Brasil arcaico e agrário e o nascimento do Brasil moderno e industrial.

Juscelino conduziu o Brasil prometendo que em seus cinco anos de mandato o país se desenvolveria o equivalente a 50 anos – o histórico slogan "50 anos em 5". Para isso, incentivou a industrialização. Sua grande aposta foi a indústria automobilística.

Juscelino Kubitschek nasceu em Diamantina (MG), em 1902. Cursou medicina e chegou a ter seu próprio consultório. A carreira política começou em 1933, quando assumiu o cargo de chefe do Gabinete Civil do então governador de Minas Gerais, Benedito Valadares. No ano seguinte, elegeu-se deputado federal. À Prefeitura de Belo Horizonte, chegou por indicação do governador Valadares. Entre o cargo de prefeito e o de governador, foi novamente deputado federal.

Logo após deixar Brasília, em 1961, Juscelino elegeu-se senador por Goiás. Em 1964, quando se preparava para disputar novamente a Presidência da República, veio o golpe militar. Nesse mesmo ano, poucas semanas depois, a ditadura tirava-lhe o mandato no Senado e cassava-lhe os direitos políticos por dez anos, sob o argumento de que ele poderia conspirar contra o novo governo.

Proibido de participar da vida política, Juscelino se exilou no exterior. Em 1976, já com os direitos políticos recuperados, ele morreu num acidente de carro na rodovia Presidente Dutra, quando viajava de São Paulo para o Rio, aos 73 anos.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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