Renan: definição da taxa de juros deve continuar com o Copom
Da Redação | 28/04/2005, 00h00
- Seria temerário. Pode-se aumentar o número de integrantes do Copom, colocando ali pessoas dos setores produtivos, oxigenando a discussão com novos interlocutores, mas substituir o Copom pelo Congresso, não - afirmou.
Renan observou, no entanto, que neste caso a maioria dos membros do Copom deve ser do Banco Central.
- É possível ampliar a interlocução, mas garantindo a decisão, a responsabilidade. Não dá para reduzir juros por retórica, por aventura política - afirmou.
O presidente do Senado lembrou que em outros países civilizados o Executivo define a política econômica e tem autonomia para execução dessa política. Cabe ao Congresso, acrescentou, criar condições para a eficiência dessa economia. Renan considera importante o envolvimento do Congresso no debate, mas ressaltou que a competência para definir a política de juros deve continuar sendo do Poder Executivo. Ele disse que trazer essa responsabilidade para o Congresso desacreditaria o Brasil e poderia elevar ainda mais a taxa de juros.
- Eu tenho muita preocupação com a politização e com a partidarização desse assunto. Claro que todo mundo no Brasil quer conviver com um patamar de juros civilizado, mas isso tem que ser feito responsavelmente e não dessa forma. Não se pode solapar a competência do Banco Central, da equipe econômica, do Poder Executivo. Não dá para confundir a definição da política monetária com o papel do Parlamento, que é de colaborar com a criação de um ambiente favorável ao crescimento, à estabilidade econômica e a eficiência da economia como um todo - assinalou.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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