Aprovado título de Capital da Vaquejada para Lagarto (SE) — Rádio Senado
Comissão de Educação

Aprovado título de Capital da Vaquejada para Lagarto (SE)

A Comissão de Educação aprovou, de forma terminativa, o projeto (PL 3324/2019) que concede o título de Capital Nacional da Vaquejada ao município de Lagarto (SE). O relator, senador Rogério Carvalho (PT-SE), que nasceu na cidade, destacou que Lagarto possui o maior parque de vaquejada do Brasil e é referência para a prática dessa manifestação cultural e desportiva que faz parte da tradição nordestina.

25/06/2024, 13h37 - ATUALIZADO EM 25/06/2024, 14h52
Duração de áudio: 02:59
Saulo Cruz/Agência Senado

Transcrição
A COMISSÃO DE EDUCAÇÃO APROVOU O TÍTULO DE CAPITAL NACIONAL DA VAQUEJADA AO MUNICÍPIO DE LAGARTO, EM SERGIPE. SE NÃO HOUVER RECURSO PARA VOTAÇÃO EM PLENÁRIO, O PROJETO SEGUE PARA SANÇAO PRESIDENCIAL. REPÓRTER MARCELLA CUNHA. O projeto confere o título de Capital Nacional da Vaquejada ao município de Lagarto, na região Centro-Sul de Sergipe. A 75 quilômetros de Aracuju, a cidade tem se tornado a maior referência nacional para essa manifestação cultural e desportiva, que faz parte da tradição nordestina. De origem centenária, a prática foi essencial para o desbravamento do sertão, que exigia destreza dos vaqueiros para reunir o rebanho. Lagarto tem a maior população rural do país, com 45% das pessoas vivendo nessa localidade. O relator, senador Rogério Carvalho, do PT do estado, nasceu no município de Lagarto e fez questão de ressaltar que a cidade possui dois grandes parques de vaquejada, sendo um deles o maior do Brasil, além de dezenas de outros campos para a prática do esporte espalhado pelos povoados. Para mim, que sou lagartense, é uma honra poder relatar esse projeto porque acompanhei isso a minha vida inteira. Final de agosto, início de setembro é uma expecativa muito grande porque é quando a gente tem a vaquejada e depois a exposição e feira de animais no nosso município. Tem se modernizado, as coisas tem se modificado, mas a vaquejada permaence cada vez mais forte no nosso município e em toda a região nordeste.  Rogério Carvalho lembrou que a vaquejada chegou a ser proibida em 2016 pelo Supremo Tribunal Federal, ao julgar uma lei do estado do Ceará regulamentando a prática. Na época, o STF considerou a competição um crime ambiental e estendeu a decisão para todo o país. Em 2017, o Congresso Nacional aprovou uma PEC para incluir na Consitutição os Esportes Equestres como patrimônio cultural do Brasil. Segundo Rogério, foram adotadas boas práticas para garantir o bem-estar dos animais. Hoje a vaquejada é feita respeitando todo cuidado para não gerar maus tatos, tem uma cauda postiça de nailon que e fixada na base da cauda para que não haja fratura de cauda, vários juízes que analisam e um deles é exclusivamente para evitar que  ocorra  mau trato no processo de derrubada do boi que é em areia, é um proesso todo modernizado. Quem descumprir as regras que garantem o bem-estar animal é automaticamente desclassificado. A estimativa é que a vaquejada gere, hoje, 720 mil empregos diretos e indiretos no Brasil, movimentando mais de R$ 800 milhões anuais. Da Rádio Senado, Marcella Cunha.

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