Projeto que reconhece oleiros e ceramistas segue para a Câmara dos Deputados
A Comissão de Assuntos Sociais aprovou, em decisão terminativa, o projeto que reconhece a profissão de oleiro ou ceramista (PL 2518/2021). O autor, senador Zequinha Marinho (Podemos-PA), diz que o reconhecimento é importante e lei vai garantir proteção jurídica e permitir a organização da categoria para o acesso a direitos, inclusive os previdenciários. A relatora, senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), ressaltou o aspecto histórico e cultural da arte do barro. O projeto segue para a análise dos deputados.

Transcrição
A COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS APROVOU UM PROJETO QUE RECONHECE A PROFISSÃO DE OLEIRO OU CERAMISTA.
A PROPOSTA PODE SEGUIR DIRETAMENTE PARA ANÁLISE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS. REPÓRTER MARCELA DINIZ.
(música instrumental)
Pensar o objeto, preparar o barro, moldar, secar, queimar, pintar ou esmaltar. Dar acabamento. Ensinar outras pessoas a fazerem o mesmo. Essas são as atividades dos oleiros ou ceramistas descritas no projeto de lei aprovado pelos senadores e que vai reconhecer oficialmente a profissão no Brasil. Ofício que, por aqui, tem raízes profundas nas culturas indígenas e de comunidades tradicionais. Engenho e arte passados por meio de gerações e que resultam em peças úteis para o dia-a-dia ou para o deleite dos olhos.
O autor, senador Zequinha Marinho, do Podemos do Pará, diz que o reconhecimento é importante para a proteção jurídica e a organização da categoria para o acesso a direitos, inclusive os previdenciários. A relatora, senadora Soraya Thronicke, do Podemos de Mato Grosso do Sul, ressaltou os aspectos histórico e cultural da arte do barro.
(sen. Soraya Thronicke) "É um projeto de reconhecimento da profissão de oleiro ou ceramista, isso é muito importante para eles. No meu estado, Mato Grosso do Sul, há vários ceramistas talentosos que trabalham com a arte do barro, desde peças utilitárias até esculturas e itens decorativos. A cerâmica indígena, especialmente a dos Terena e dos Kadiwéu, é parte importante da cultura local e é reconhecida como patrimônio histórico e cultural do nosso estado."
Pela proposta, pode exercer a profissão de oleiro ou ceramista quem aprendeu informalmente ou fez curso formal no Brasil ou no exterior. E todos podem ensinar o ofício a outras pessoas. O projeto que reconhece a profissão de oleiro ou ceramista segue para a Câmara dos Deputados. Da Rádio Senado, Marcela Diniz.