Marco Maciel elogia exposição em Nova York sobre presença judaica em Pernambuco
Da Redação | 07/10/2004, 00h00
A mostra, explicou o senador, é um dos destaques da festa Celebrate 350 Years of American Jewry e deverá permanecer aberta à visitação pública até o final de 2004, transferindo-se depois para o Canadá.
- São fatos, tanto os passados como os presentes, que têm significados muito especiais para Pernambuco e, em particular, para o Brasil. No passado, porque se relacionam com episódios que marcam a formação de nossa identidade nacional, e com a mistura de etnias, culturas e costumes que caracterizam os brasileiro. E no presente, porque mostra, uma vez mais, uma história rica de aspectos humanísticos e singulares - disse o senador.
Marco Maciel lembrou que, no século 17, com o domínio holandês no Nordeste e a administração liberal de Maurício de Nassau, com ampla liberdade religiosa, ocorreu uma grande afluência de judeus de várias partes do Brasil e da Europa para Pernambuco, para trabalhar na cultura do açúcar e do comércio. Os judeus que chegaram da Europa eram, principalmente, oriundos de Portugal e da Espanha.
Com a instalação do Tribunal do Santo Ofício (o nome da Santa Inquisição, que perseguia judeus e muçulmanos) na Bahia, em 1591/93, em Pernambuco, em 1593/95, e novamente na Bahia em 1618, os judeus dispersaram-se por todo o Brasil, principalmente para o Sul. Boa parte deles emigrou para Nova York, para onde levaram o acervo da sinagoga fundada em Recife.
Segundo Marco Maciel, a exposição inaugurada em Nova York abrange peças da cultura colonial pernambucana e dos melhoramentos introduzidos no estado pelos holandeses, enriquecidos pela arte e pelos costumes judaicos. O senador elogiou a participação de Tânia Neumann Kaufman, diretora do Arquivo Histórico Judaico e autora da obra Passos Perdidos, História Recuperada - A Presença Judaica em Pernambuco, e do publicitário Aguinaldo Viriato de Medeiros Filho.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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