Alvaro diz que anúncio de CPIs é estratégia do governo para abafar caso Waldomiro Diniz

Da Redação | 18/02/2004, 00h00

O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) disse nesta quarta-feira (18) que os vários requerimentos para instalação de comissões parlamentares de inquérito (CPIs) que estão circulando no Senado fazem parte de uma estratégia do governo Luiz Inácio Lula da Silva para abafar as denúncias de corrupção envolvendo o ex-subchefe para Assuntos Parlamentares da Presidência da República, Waldomiro Diniz. Estão sendo recolhidas assinaturas para a criação de três CPIs - uma para o caso Waldomiro, uma para investigar financiamentos de campanha e outra para denúncias envolvendo casas de bingo e o jogo do bicho.

- Não tenho dúvidas de que essa é uma estratégia adotada pelo governo para evitar a criação da CPI do Waldomiro e o que ela possa significar em prejuízos à sua imagem, já maculada pela divulgação do escândalo. O governo quer retirar o foco da questão central do momento, que é a corrupção no centro do poder da República - afirmou Alvaro Dias.

Lembrando que a CPI é um instrumento de investigação que o Congresso dispõe e que ele não pode ser banalizado, Alvaro Dias indagou à Mesa quantas CPIs estão em andamento no Senado e se existe, no regimento, um número limite para o funcionamento dessas comissões.

Na presidência da sessão, o senador Flávio Arns (PT-PR) comunicou que há apenas uma CPI em andamento no Senado, a que apura as responsabilidades sobre o contrabando de sementes transgênicas de soja e o seu plantio ilegal. Ele informou ainda que não existe um número limite para a instalação de CPIs na Casa.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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