Arruda anuncia decisão de manter o nome da Petrobras
Da Redação | 28/12/2000, 00h00
O líder do governo no Senado, José Roberto Arruda (PSDB-DF), anunciou em entrevista na tarde desta quinta-feira (dia 28) que a Petrobras vai rever a decisão de mudar o nome da empresa para Petrobrax. O senador conversou sobre o assunto com o presidente da companhia Henri Philippe Reichstul.
Pela manhã, Arruda assinou o requerimento do senador Eduardo Suplicy (PT-SP) que pede ao ministro das Minas e Energia, Rodolpho Tourinho, o detalhamento de todos os estudos e custos que envolviam a mudança no nome da estatal. Suplicy disse que "não se justificam aos olhos da nação" os gastos superiores a US$ 50 milhões declarados pelo presidente da empresa em todo o processo de mudança. Arruda disse que não concorda com a troca de nome.
- Já tive oportunidade de dizê-lo hoje de manhã ao próprio presidente da PetroBrax, e não há por que insistir em uma providência que não tem a aprovação da opinião pública - disse o líder do governo. O requerimento foi aprovado pelo plenário na sessão desta quinta-feira (dia 28) e os senadores discutiram a mudança do nome corporativo e da logomarca da empresa durante boa parte da sessão.
Para Eduardo Suplicy, não tem cabimento a explicação de Reichstul, de que a mudança de nome e de logomarca daria uma imagem de maior eficiência à empresa. "A Petrobras tem mais de 40 anos de história, possui uma tradição, uma força e uma receptividade junto ao povo brasileiro e em todo o mundo", disse o senador. Suplicy chegou a perguntar a um frentista de posto de gasolina o que achava da mudança e ouviu uma resposta indignada. O senador acrescentou que, só pelo desenho do logotipo, a empresa gastou R$ 700 mil.
Suplicy recebeu apartes favoráveis dos senadores Pedro Simon (PMDB-RS), Gerson Camata (PMDB-ES), Heloísa Helena (PT-AL) e Roberto Requião (PMDB-PR), enquanto o senador Edison Lobão (PFL-MA) disse que debater o assunto "era uma perda de tempo" diante da agenda social, politica e econômica do país. Simon considerou a mudança "uma falta de respeito para com o país" e citou o escritor Luís Fernando Veríssimo, que sugeriu a troca do nome do país para "Brasix", como passaporte para ingresso no primeiro mundo.
Camata disse que, ou a decisão foi a mais importante do século na área do petróleo, "e nós não temos inteligência para compreendê-la", ou foi a mais imbecil, "com motivos ocultos que temos que investigar". Heloísa Helena disse que se mudança de letra significa eficiência, competência, teríamos que mudar o nome do país para "Brazil". Roberto Requião levantou suspeitas sobre a decisão e os números envolvidos, sugeriu também a troca do nome do presidente da empresa de "Reichstul" para "Reichstux" e classificou a operação de mudança de nome como "uma grande malandragem".
Pela manhã, Arruda assinou o requerimento do senador Eduardo Suplicy (PT-SP) que pede ao ministro das Minas e Energia, Rodolpho Tourinho, o detalhamento de todos os estudos e custos que envolviam a mudança no nome da estatal. Suplicy disse que "não se justificam aos olhos da nação" os gastos superiores a US$ 50 milhões declarados pelo presidente da empresa em todo o processo de mudança. Arruda disse que não concorda com a troca de nome.
- Já tive oportunidade de dizê-lo hoje de manhã ao próprio presidente da PetroBrax, e não há por que insistir em uma providência que não tem a aprovação da opinião pública - disse o líder do governo. O requerimento foi aprovado pelo plenário na sessão desta quinta-feira (dia 28) e os senadores discutiram a mudança do nome corporativo e da logomarca da empresa durante boa parte da sessão.
Para Eduardo Suplicy, não tem cabimento a explicação de Reichstul, de que a mudança de nome e de logomarca daria uma imagem de maior eficiência à empresa. "A Petrobras tem mais de 40 anos de história, possui uma tradição, uma força e uma receptividade junto ao povo brasileiro e em todo o mundo", disse o senador. Suplicy chegou a perguntar a um frentista de posto de gasolina o que achava da mudança e ouviu uma resposta indignada. O senador acrescentou que, só pelo desenho do logotipo, a empresa gastou R$ 700 mil.
Suplicy recebeu apartes favoráveis dos senadores Pedro Simon (PMDB-RS), Gerson Camata (PMDB-ES), Heloísa Helena (PT-AL) e Roberto Requião (PMDB-PR), enquanto o senador Edison Lobão (PFL-MA) disse que debater o assunto "era uma perda de tempo" diante da agenda social, politica e econômica do país. Simon considerou a mudança "uma falta de respeito para com o país" e citou o escritor Luís Fernando Veríssimo, que sugeriu a troca do nome do país para "Brasix", como passaporte para ingresso no primeiro mundo.
Camata disse que, ou a decisão foi a mais importante do século na área do petróleo, "e nós não temos inteligência para compreendê-la", ou foi a mais imbecil, "com motivos ocultos que temos que investigar". Heloísa Helena disse que se mudança de letra significa eficiência, competência, teríamos que mudar o nome do país para "Brazil". Roberto Requião levantou suspeitas sobre a decisão e os números envolvidos, sugeriu também a troca do nome do presidente da empresa de "Reichstul" para "Reichstux" e classificou a operação de mudança de nome como "uma grande malandragem".
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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