Comissão vai decidir se exame toxicológico de motoristas será pago por patrão
A Comissão de Assuntos Econômicos se reúne nesta terça-feira (18) para votar o PL 801/2024, que estabelece regras para a doação de alimentos por empresas e entidades sem fins lucrativos. Também está na pauta o PL 1.075/2022, que obriga o empregador a pagar o exame toxicológico de motoristas profissionais. Já a CPI das Bets ouve também na terça-feira (18) a advogada Adélia de Jesus Soares, indiciada pelos crimes de falsidade ideológica e associação criminosa, e na quinta (20), o empresário André Rolim, que vai dar seu testemunho como ex-apostador.

Transcrição
A COMISSÃO DE ASSUNTOS ECONÔMICOS PODE DECIDIR QUE O EXAME TOXICOLÓGICO DE MOTORISTAS PROFISSINAIS SERÁ PAGO PELO PATRÃO.
JÁ A CPI DAS BETS OUVE NESTA SEMANA EMPRESÁRIA E EX-APOSTADOR SOBRE O VÍCIO EM JOGOS. DA RÁDIO SENADO, MARCELLA CUNHA.
A Comissão de Assuntos Econômicos pode votar nesta terça-feira um projeto que estimula a doação de alimentos por indústrias, restaurantes e supermercados. De autoria do senador Giordano, do MDB de São Paulo, a proposta prevê benefícios fiscais e isenta os doadores de responsabilidade civil ou criminal caso o alimento provoque algum dano. Para isso, é preciso mostrar que não houve a intenção e que todas as normas sanitárias foram obedecidas. Outro projeto que será analisado pela CAE obriga o empregador a pagar o exame toxicológico de motoristas profissionais na hora de tirar ou renovar a carteira de habilitação. Essa é uma exigência para quem dirige caminhão, vans e ônibus, a cada dois anos e meio, e custa, em média 135 reais, dependendo da região. Mas a senadora Mareth Buzetti, do PSD de Mato Grosso, lembrou que em abril do ano passado entrou em vigor a lei que determina o pagamento pelo empregador nos casos de exame periódico obrigatório, mas não da renovação da CNH. Para ela, repassar todos os custos para o patrão vai encarecer o transporte.
O empregador tem que pagar os custos disso, o que ele já está pagando a partir de abril de 2024. Porém isso impacta no preço final de todos os produtos.
Há ainda na pauta da Comissão de Assuntos Econômicos um projeto que destina 10% das verbas de propagandas institucionais do Governo Federal para o financiamento de campanhas de prevenção ao uso de drogas. Já a CPI das Bets ouve nesta terça-feira a advogada Adélia de Jesus Soares, dona da Payflow Processadora de Pagamentos. Ela foi indiciada pela Polícia Civil do Distrito Federal pelos crimes de falsidade ideológica e associação criminosa. Na quinta, o empresário André Holanda Rodrigues Rolim vai dar seu testemunho como ex-apostador viciado em jogos. A intenção é expor os riscos que as apostas podem trazer para a saúde mental e financeira das pessoas. O requerimento foi apresentado pelo presidente da CPI, senador Dr. Hiran, do PP de Roraima.
Eu tenho amigos meus, filhos de amigos meus que estão com problema de ludopatia, se viciaram em jogo, têm gasto uma quantia significativa dos seus pais. Eu acho que é muito por conta disso e também por essa publicidade que os influenciam: "Olha, eu acabei de jogar, ganhei 20 mil, ganhei 50 mil, ganhei 150 mil! Vou comprar um carro novo! Faça como eu! Estou lhe dando aqui um bônus de 5 mil pra começar a jogar!". Essas coisas é que são muito nocivas.
A CPI das Bets está autorizada a funcionar até 30 de abril, mas o senador Dr Hiran já indicou que deve pedir a prorrogação desse prazo. Da Rádio Senado, Marcella Cunha.