CE aprova ensino de primeiros socorros a estudantes

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A CAPACITAÇÃO EM NOÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS NAS ESCOLAS PODE PASSAR A SER OBRIGATÓRIO. É O QUE PREVÊ UM PROJETO DE LEI APROVADO PELA COMISSÃO DE EDUCAÇÃO, QUE SEGUE PARA A COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS. REPORTAGEM DE IARA FARIAS BORGES. A legislação já prevê a obrigatoriedade de capacitação em primeiros socorros para professores e funcionários da rede pública e privada de educação básica e de recreação infantil. Pelo projeto de lei aprovado na Comissão de Educação e Cultura, as escolas serão obrigadas a compartilhar noções de primeiros socorros também para os estudantes do ensino médio e dos anos finais do ensino fundamental, de acordo com diretrizes específicas para cada faixa etária. Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 4 mil crianças morrem todos os anos em decorrência de algum acidente. A causa mais frequente de hospitalização de menores de até 14 anos é por acidentes domésticos ou escolares. O relator, senador Astronauta Marcos Pontes, do PL de São Paulo, lembrou o caso de um menino de 10 anos que durante excursão escolar em 2017 se engasgou com um cachorro-quente e morreu asfixiado, pois nenhum professor conhecia técnicas de primeiros socorros. Para ele, o treinamento dos estudantes vai ajudar em casos de acidentes na escola. “Dados como esses reforçam a necessidade de aprimorar as estratégias de proteção para lidar com acidentes no ambiente escolar. Grande parte dos acidentes não pode ser evitada. Mas é preciso que quando eles ocorram as pessoas que estejam próximas possam ter conhecimentos, muitas vezes simples, capazes de reduzir sofrimentos e afastar futuras complicações e até mesmo de salvar vidas.” O presidente da Comissão de Educação, o senador Flávio Arns, do PSB paranaense, defende uma mudança cultural para proteger a vida das crianças. “Eu considero este projeto de lei dos mais importantes para o bem-estar, para a segurança, para o conhecimento. Isto muda uma cultura no Brasil, para que não só professores e funcionários tenham conhecimento do atendimento em primeiros socorros, mas também alunos. São cinco, dez ou quinze minutos que vão, em muitas situações, decidir se a pessoa vive ou se morre. Todo mundo tem que saber isso.” O projeto segue agora para a análise da Comissão de Assuntos Sociais. Da Rádio Senado, Iara Farias Borges.