BRASÍLIA - Na abertura da sessão semipresencial desta quarta-feira (10), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (Democratas-MG), fez um breve pronunciamento em homenagem ao senador José Maranhão (MDB-PB), que faleceu na noite de segunda-feira (8), em São Paulo, aos 89 anos, vítima de complicações da Covid-19. Rodrigo Pacheco pediu às senadoras e aos senadores um minuto de silêncio em memória do parlamentar paraibano. O corpo de Maranhão foi sepultado na manhã de hoje no município de Araruna (PB), onde nasceu.

“O Senador José Maranhão fará uma falta enorme a esta Casa. Trazia ao nosso convívio a experiência de quem já havia sido por três vezes governador de seu estado, a Paraíba, vice-governador, deputado estadual, deputado federal, e, aliás, Constituinte da Carta de 88. Nesta Casa, já cumpria seu segundo mandato de Senador da República, sempre com muita dedicação e compromisso – sem jamais levantar a voz, mas sempre com firmeza e justiça, além de seu carisma único”, disse o presidente do Senado.

Filiado ao MDB há 54 anos, Maranhão era um grande defensor da fidelidade partidária e da política como meio fundamental de conciliação e entendimento democrático. No Senado, presidiu a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) de 2015 a 2016.

Código Brasileiro de Aeronáutica José Maranhão foi relator do Código Brasileiro de Aeronáutica, que está vigente desde 1986, e também da recente revisão da norma, que está pronta para ser votada em Plenário. Rodrigo Pacheco disse que se houver entendimento entre os líderes, o novo código poderá ser apreciado e votado.

“O Novo Código Brasileiro de Aeronáutica, aliás, relatado pelo Senador José Maranhão, está pronto para ser votado em Plenário, o que poderá ser feito em breve, se houver entendimentos nesse sentido na Reunião de Líderes. Esse interesse particular pela aviação não era em vão: José Maranhão era piloto de aeronaves, paixão que ele carregava no peito, juntamente com a Política”, destacou Pacheco.

O presidente do Senado ainda reforçou que a imunização da população e o retorno do pagamento do auxílio emergencial são prioridades da pauta legislativa. José Maranhão é a segunda vítima de covid-19 entre os membros do Senado desde o início da pandemia. Em outubro de 2020, morreu o senador Arolde de Oliveira (PSD-RJ), em decorrência de falência múltipla dos órgãos, após cerca de um mês internado.

“Esta Casa tem como obrigação ajudar o Brasil a imunizar sua população o mais urgentemente possível, até mesmo em homenagem à memória dos Senadores Arolde de Oliveira e José Maranhão, mas também em respeito à memória de todos os brasileiros que padeceram e pereceram nesta pandemia, porque a gravidade da doença é real e urge tomar medidas para viabilizar a distribuição da vacina da forma mais ampla e rápida ao nosso alcance”, concluiu.