Não me compete fazer análise sobre decisão que estará sendo tomada pelo Supremo Tribunal Federal, diz Cássio

"Então, vou aguardar a manifestação do Supremo, confiando no Supremo como guardião da nossa Constituição, mas sabendo que quem redige a Constituição é o Congresso Nacional”, afirmou Cássio cunha Lima.
11/10/2017 17h35

Nesta quarta-feira (11), o presidente do Senado em exercício, Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), voltou a dizer que vai aguardar com “serenidade” o resultado do Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5526, na qual os partidos Progressista (PP), Social Cristão (PSC) e Solidariedade (SD) pedem que a aplicação de sanções como prisão preventiva e medidas cautelares impostas a parlamentares sejam submetidas à deliberação da respectiva Casa Legislativa em 24 horas. O senador participou de coletiva à imprensa no momento em que o julgamento do STF estava em 1 voto favorável e 1 voto contrário ao envio de sanções a parlamentares para análise no Congresso Nacional.

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“O julgamento está em curso, manda o bom senso, recomenda a boa norma que possamos aguardar o resultado do Plenário do Supremo evitando especulações, sobretudo especulações vindas de alguém que está, como eu, momentaneamente, presidindo um outro Poder. Então, vou aguardar a manifestação do Supremo, confiando no Supremo como guardião da nossa Constituição, mas sabendo que quem redige a Constituição é o Congresso Nacional”, afirmou Cássio cunha Lima.

Questionado pelos jornalistas, caso a decisão do Supremo não saia ainda hoje, se estaria mantida a votação do afastamento do senador Aécio Neves (PSDB-MG) para a próxima terça-feira (17) no Plenário do Senado, o presidente em exercício disse que não vê “nenhum drama maior” se os parlamentares tiverem que aguardar mais tempo para conclusão do julgamento.

“É razoável que possamos aguardar agora que o julgamento já está iniciado. Até porque foi essa a decisão majoritária do Plenário. O Plenário decidiu aguardar a manifestação do Plenário do Supremo Tribunal Federal e, portanto, se for preciso mais 24, 48 horas para conclusão do julgamento, não vejo como nada de grave, como fim do mundo, ou como crise”, opinou o senador.