Eunício garante que Congresso Nacional vai trabalhar naturalmente
Nesta terça feira (23), o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), concedeu entrevista e afirmou que o Congresso Nacional vai trabalhar naturalmente na discussão das propostas legislativas e que “não há uma pauta específica do Governo”.
“Nós temos uma pauta de interesse do Brasil, feita pelo presidente da Casa e pelos líderes partidários. Então, eu vou tocar a pauta do Plenário com muita naturalidade”, defendeu Eunício.
O presidente do Senado lembrou que tanto a Comissão de Assuntos Sociais, que discute a reforma trabalhista, quanto as demais estão em pleno funcionamento com debates importantes para garantir a aprovação das reformas legislativas.
“No Parlamento, não existe dia ou hora certa para aprovar cada matéria. Muitas vezes, acreditamos existir acordo na discussão de determinada proposição e ela acaba sendo debatida por duas ou três horas no Plenário do Senado. O oposto também acontece. Resumindo, é imprevisível. Então não há que se falar em derrota ou vitória”, explicou Eunício. “Não há nada mais natural que os debates que estão acontecendo nas comissões”, completou.
Questionado sobre o andamento da reforma trabalhista nas comissões, Eunício explicou que a matéria trata de um assunto muito importante e que merece ser amplamente discutido.
“Esse projeto chegou aqui há poucos dias e precisa ser debatido. É natural que as pessoas queiram saber dos debates sobre esse tema e sobre tudo o que acontece no Senado, que é a Casa mais transparente do Brasil. Portanto, normalidade é a palavra que nós temos que afirmar para vocês”, ponderou Eunício.
Segundo o presidente do Senado, o Brasil não pode parar.
“Nós temos que fazer as reformas que o país precisa, nós temos que aprovar as matérias que o Brasil precisa e, se depender do presidente do Senado e do Congresso, nós vamos ter a normalidade absoluta. Nós estamos com a pauta trancada porque chegaram três medidas provisórias. E como eu tenho entendimento com os líderes de só votar medida provisória que chega aqui após duas sessões da sua leitura, tem uma medida provisória que está trancando a pauta que já pode ser votada. Temos também a PEC do foro privilegiado, que eu fiz um compromisso, se houver apenas uma emenda de redação ou duas emendas de redação e que sejam acatadas pelo relator, eu não devolverei para a Comissão de Constituição e Justiça para acelerar essa matéria. Se a matéria for indeferida e houver recurso, aí sim, eu sou obrigado a encaminhar”, explicou Eunício.
Questionado ainda sobre os últimos desdobramentos da Operação Lava-Jato, o presidente do Senado reconheceu haver grave crise no país sobre todos os aspectos e defendeu a retomada do crescimento econômico brasileiro.
“Nós precisamos que o Brasil volte a gerar empregos e renda, para isso precisamos que a confiança do mercado volte para o Brasil. Nós devemos ter discernimento para superar as crises”, recomendou Eunício.
Os jornalistas perguntaram ainda sobre o futuro do senador Aécio Neves (PSDB-MG).
“Eu sempre acatei e encaminhei as respostas à Justiça. Eu sempre defendi, desde o dia que assumi a Presidência do Senado, que isso fosse feito. Eu recebi um comunicado sobre a situação do senador Aécio Neves e nós iremos dar o devido encaminhamento”, finalizou Eunício.