Senador destaca iniciativa das Forças Armadas de oferecer alistamento feminino voluntário neste ano — Rádio Senado
Alistamento

Senador destaca iniciativa das Forças Armadas de oferecer alistamento feminino voluntário neste ano

Ao destacar o primeiro alistamento feminino voluntário das Forças Armadas, o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) lembrou que existem mais de 37 mil mulheres no Exército, Marinha e Aeronáutica que ingressaram por meio de concurso público. Ele explicou que as recrutas, que poderão se inscrever de janeiro ao final de junho em alguns estados, não vão atuar na área combatente, que exige uma seleção específica, mas nas de de saúde, ensino e logística. Mourão afirmou que as Forças Armadas estão se adaptando há anos para aumentar o efetivo de mulheres. As candidatas do primeiro alistamento feminino serão submetidas a uma seleção geral e a outra específica com entrevista, exames médicos e testes de aptidão. Se aprovadas, vão ingressar nas Forças em março ou agosto do ano que vem para um serviço militar de um ano, prorrogável por 8 anos.

07/01/2025, 15h02 - ATUALIZADO EM 07/01/2025, 15h03
Duração de áudio: 03:08
Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

Transcrição
SENADOR DESTACA A INICIATIVA DAS FORÇAS ARMADAS DE OFERECER ALISTAMENTO FEMININO VOLUNTÁRIO NESTE ANO PARA JOVENS QUE COMPLETAREM 18 ANOS EM 2025. MAIS DE SETE MIL JOVENS SE INSCREVERAM NOS PRIMEIROS DIAS DE JANEIRO. SEGUNDO O MINISTÉRIO DA DEFESA, AS APROVADAS NA SELEÇÃO VÃO SERVIR POR UM ANO, PERMANÊNCIA QUE PODERÁ SE ESTENDER POR ATÉ OITO ANOS NAS TROPAS. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. Pela primeira vez, as Forças Armadas vão fazer o alistamento feminino voluntário. Entre janeiro e o final junho, as jovens que completarem 18 anos poderão se inscrever de forma on-line ou presencial numa Junta de Serviço Militar em alguns estados. As candidatas então serão submetidas a uma seleção geral e a uma complementar, que inclui entrevista, exames médicos e testes físicos. O senador Hamilton Mourão, do Republicanos do Rio Grande do Sul, reforçou que hoje o Exército, Marinha e Aeronáutica contam com 37 mil mulheres, que ingressaram como oficiais por meio de concurso público. E citou que países como a Noruega, Suécia, Coréia do Norte e Israel têm serviço militar feminino obrigatório. Hamilton Mourão explicou que as recrutas não vão para a área combatente, que exige concurso específico. No caso particular do Exército, que é o grande receptor do serviço militar obrigatório, a partir do ano de 2022 temos oficiais graduados pela Academia Militar das Agulhas Negras. Agora, então, abriu-se essa oportunidade para moças na idade de 18 e 19 anos se apresentarem como voluntárias e obviamente irão servir nos contingentes como a gente chama os hospitais, quartéis generais e não no corpo de tropa onde obviamente as condições são outras e ainda não temos as instalações adequadas para ter um efetivo maior. Serão oferecidas 1.465 vagas para o Exército, 300 para a Aeronáutica e 155 para a Marinha. As candidatas do primeiro alistamento feminino poderão escolher a Força que desejam ingressar, mas serão consideradas a disponibilidade de vagas, a aptidão da candidata e a especificidade exigida por cada uma das Forças. Como general, Hamilton Mourão lembrou que a Academia Militar das Agulhas Negras, uma espécie de universidade do Exército Brasileiro que forma oficiais de carreira, teve que se preparar recentemente para receber as futuras comandantes.  Eu relato que eu vi na Academia Militar, que nós levamos 4 anos preparando a academia para receber as mulheres porque (fizemos) obras, banheiro, houve testes com equipamentos porque o equipamento masculino não é igual ao equipamento feminino por causa do próprio corpo da mulher, então ele tem que se moldar melhor. Não adianta pegar um colete tático pesado jogar numa mulher por causa da questão do corpo dela, e não é nem a questão do peso, mas a questão dinâmica dela. Então, tudo isso foi testado para quando elas incorporassem tivessem o mínimo de problema possível. Segundo o Ministério da Defesa, uma vez incorporadas, as mulheres vão ocupar a graduação de soldado no Exército e Aeronáutica ou de marinheiro-recruta na Marinha com os mesmos direitos e deveres dos homens. As selecionadas vão integrar as Forças em março ou agosto de 2026 para um serviço militar de 12 meses com prorrogação de até oito anos. Da Rádio Senado, Hérica Christian. 

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