Senado realiza debate para intensificar o combate à fome no país e ao desperdício de alimento

O Senado Federal promoveu nesta sexta-feira (20), sessão de debate no Plenário sobre o combate à fome, a garantia da segurança alimentar e a redução do desperdício de alimentos.
20/10/2023 15h11

Brasília – O Senado Federal promoveu nesta sexta-feira (20), sessão de debate no Plenário sobre o combate à fome, a garantia da segurança alimentar e a redução do desperdício de alimentos. O encontro contou com as presenças dos ministros Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar); senadores; representantes de órgãos federais, do setor da alimentação, e de entidades sociais.

A realização da sessão temática foi uma iniciativa do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que ressaltou, em seu pronunciamento, que o tema exige a atenção das autoridades e que o Congresso Nacional “tem muito a contribuir para a luta contra a fome no país”.

“A sessão de debates de hoje pretende dar um passo importante em direção à solução desse gravíssimo problema humanitário. A fome é uma questão de origem multifatorial, com graves repercussões na vida das famílias brasileiras. A sobrevivência de nossa população está em jogo”, disse o presidente do Senado.

Escalada da fome

Rodrigo Pacheco afirmou que a questão da fome avança no país. Ao citar os dados do “Segundo Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia de Covid-19 no Brasil”, o senador classificou como “absolutamente inaceitável”. Atualmente, cerca de 60% da população convive em algum grau com a insegurança alimentar. O relatório mostrou ainda que, em 2022, mais de 33 milhões de pessoas não tinham o que comer.

Para o presidente do Senado, diversos fatores contribuem para o aumento dos indicadores, como a crise sanitária e a recessão econômica resultantes da pandemia da Covid-19, as mudanças climáticas, os altos preços dos alimentos, o descaso dos governantes com políticas públicas de segurança alimentar, e as desigualdades regionais. “Mesmo em níveis mais leves de insegurança alimentar, podemos testemunhar seu triste impacto na educação, na saúde e até na empregabilidade dos afetados”, destacou.

Participaram do encontro a secretária de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo do Ministério da Agricultura e Pecuária, Renata Miranda; a diretora do departamento de Inclusão Produtiva e Inovações da Secretaria Nacional da Pesca Artesanal do Ministério da Pesca e Aquicultura, Natália Tavares de Azevedo; o presidente em exercício da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Clenio Nailto Pillon; e o prefeito de Nova Lima (MG), João Marcelo Dieguez Pereira.

Também estiveram na sessão o presidente da Associação Brasileira das Centrais de Abastecimentos (Abracen), Eder Eduardo Bublitz; o vice-presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Rodrigo Segurado; o presidente-executivo da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia), João Dornellas; o diretor-executivo da Ação Cidadania Rodrigo Fernandes Afonso; e a presidente do Movimento Pacto Contra a Fome, Geyze Diniz.