BRASÍLIA – O presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (Democratas-MG), reuniu-se remotamente, nesta quinta-feira (8), com representantes da Confederação das Santas Casas, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB) e pactuou compromisso de atuar para atender as prioridades do setor. Atualmente, são 1.824 hospitais das Santas Casas no país, que ofertam 170 mil leitos. Desse total, 24 mil são de Unidades de Terapia Intensiva (UTI), essenciais para o tratamento de pessoas infectadas com o novo coronavírus.

“Os senhores têm o meu compromisso de externar ao ministro da Economia, ao ministro da Saúde, e ao próprio presidente da República, o conteúdo dessa reunião, a demanda e a necessidade para que o governo comece a sua reflexão sobre essa necessidade de ajuda às Santas Casas. Como também de pautar projetos que estejam nesse intuito”, afirmou.

O senador mineiro ressaltou a necessidade do auxílio no atual momento de pandemia da Covid-19, em que o atendimento médico necessita de estrutura para acolher a população. Atualmente, a área hospitalar filantrópica responde por cerca de 50% da assistência ao Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil, sendo que o percentual é de 70% quando se trata de alta complexidade.

Segundo representantes da Confederação, o setor está próximo de um colapso econômico, em decorrência da crise atual de saúde, que resultou em impacto direto nas receitas. Diante disso, Pacheco colocou à disposição do setor a Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado na confecção de um estudo fiscal da categoria para balizar os pedidos de aporte financeiro. “É minha obrigação como presidente do Senado atender a essa demanda. A filantropia e as Santas Casas são absolutamente fundamentais para esse enfrentamento à pandemia e para cuidar da saúde dos brasileiros. Nós sabemos que só os hospitais públicos não dariam conta da demanda que nós temos de saúde no Brasil”, afirmou. O senador também apresentou a possibilidade de pautar no Parlamento temas que tenham a finalidade de socorro financeiro aos hospitais filantrópicos e uma audiência pública na Comissão Temporária da Covid-19.