Rodrigo Pacheco afirma que projeto aprovado garante transparência às emendas de relator

Ele destacou ainda que o Legislativo está preparado para fazer mais mudanças no mecanismo, caso necessário, para que atenda aos princípios da administração pública.
16/12/2022 16h24

Brasília – O presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que o Projeto de Resolução 3/2022, aprovado na sessão plenária do Congresso desta sexta-feira (16), assegura os critérios de impessoalidade, transparência e interesse público necessários para o aprimoramento das emendas de relator (RP9) ao orçamento da União. Ele destacou ainda que o Legislativo está preparado para fazer mais mudanças no mecanismo, caso necessário, para que atenda aos princípios da administração pública.

Rodrigo Pacheco afirma que projeto aprovado garante transparência às emendas de relator

O presidente do Congresso classificou o texto como “integralmente bom”, levando em consideração as críticas que vêm sendo feitas ao instituto em ações junto ao Supremo Tribunal Federal (STF). “É uma demonstração de comprometimento com a qualidade do gasto público, com a impessoalidade e algo muito importante que é a transparência, ou seja, somente parlamentar poderá fazer indicação a partir dessa resolução”, ressaltou.

O presidente do Congresso ponderou que o Legislativo está aberto a fazer outras alterações no mecanismo, caso necessário, e evidenciou que a nova norma beneficia toda a coletividade. “Eu considero que o projeto de resolução aprimora um instituto de prerrogativa parlamentar que no fundo interessa aos entes federados, aos municípios, aos estados, aos hospitais filantrópicos que é de fato a descentralização dos recursos e a formatação do orçamento a partir de uma ação conjunta entre Executivo e Legislativo”, afirmou.

A partir da aprovação do PRN 3/2022, as indicações de emedas do relator atendem o critério da proporcionalidade ao levar em conta na distribuição o tamanho das bancadas partidárias e a representatividade partidária. Antes da análise da proposta, a decisão sobre o repasse das emendas “RP9” ficava com o próprio relator. Fica estabelecido que 80% da verba para as “RP9” são de indicações dos partidos, sendo 23,33% de origem dos senadores e 56,66% dos deputados; 15% para a Mesa do Senado e da Câmara; e 5% de indicação do presidente e relator da Comissão Mista de Orçamento (CMO). Do total das emendas, 50% devem ser direcionadas para ações e serviços públicos de saúde, de educação e de assistência social.

De autoria das mesas do Senado e da Câmara dos Deputados, o projeto foi aprovado em forma de substitutivo apresentado pelo senador Marcelo Castro (MDB-PI), que também é relator-geral do Orçamento 2023. A proposta recebeu 328 votos favoráveis e 66 contrários dos deputados. Na votação dos senadores, foram 44 votos sim, 20 não, e duas abstenções. A matéria segue à promulgação.

“Lei Padre Júlio Lancelotti”

Os congressistas derrubaram o veto presidencial 55/2022 ao projeto de lei 488/2021, conhecido como “Lei Padre Júlio Lancelotti”. A nova legislação proíbe a utilização de técnicas de arquitetura hostil em espaços públicos com o objetivo de afastar pessoas em situação de rua. O veto vai à promulgação.