“Única maneira de romper esse ciclo de mortes é com vacinação em massa”, diz Pacheco

O apelo foi feito pelo senador mineiro, nesta terça-feira (23), ao iniciar a sessão de debates temáticos sobre o fornecimento de vacinas contra a Covid-19, que contou com a participação de representantes das empresas que produzem os imunizantes no mundo.
23/03/2021 18h00

BRASÍLIA - O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (Democratas-MG), defendeu a vacinação em massa e o isolamento social como principais medidas de enfrentamento da pandemia, e que a imunização da população deve ser uma estratégia coletiva, com a participação conjunta do poder público e da iniciativa privada. O apelo foi feito pelo senador mineiro, nesta terça-feira (23), ao iniciar a sessão de debates temáticos sobre o fornecimento de vacinas contra a Covid-19, que contou com a participação de representantes das empresas que produzem os imunizantes no mundo.

“Única maneira de romper esse ciclo de mortes é com vacinação em massa”, diz Pacheco. Foto: Pedro Gontijo

“Vacinação é uma estratégia coletiva, é um pacto coletivo, e nunca antes em nossas vidas pudemos entender tão bem o significado dessa máxima. A única maneira de romper esse ciclo de incertezas e mortes é com a vacinação em massa, aliada a um isolamento responsável e amplo”, disse Rodrigo Pacheco.

Até o momento, cerca de 5% da população recebeu a primeira dose da vacina contra o novo coronavírus, o que representa pouco mais de 12 milhões de brasileiros, segundo os dados do consórcio de veículos de imprensa com base em dados das secretarias estaduais de Saúde.

O presidente do Senado ainda questionou as farmacêuticas sobre o prazo, ou a estimativa de data, do fornecimento de vacinas para a completa vacinação dos brasileiros.

“A pergunta que atualmente assombra o Brasil é: em que data teremos toda a população brasileira vacinada? E eu espero que possamos encerrar o dia de hoje com essa resposta, pelo menos aproximada”, disse Pacheco.

A sessão reuniu representantes da Pfizer, Instituto Oswaldo Cruz – FioCruz, Janssen, União Química, Precisa Medicamentos, Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas – ABCVC. A empresa produtora de oxigênio Messer Gases Brasil também participa da reunião.

A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, disse que mesmo com o atraso na entrega do Ingrediente Farmacêutico Único (IFA), necessário à produção do imunizante, a instituição vai entregar 100,4 milhões de doses até julho. Já a previsão da Pfizer, é fornecer ao governo federal outras cem milhões de doses até setembro de 2021.

Após o encerramento da sessão, Rodrigo Pacheco fez um balanço positivo sobre a iniciativa.

“O Senado cumpre um papel importante de trazer esses personagens, que hoje são fundamentais. Que tenhamos atenção e observação em relação ao cronograma e façamos a exigência para que as vacinas possam chegar em grande escala à toda população brasileira”, afirmou.

Sessão de debates

A sessão de debates temáticos remota tem como objetivo discutir o fornecimento de vacinas e oxigênio no Brasil. O requerimento para a realização da reunião é de autoria da senadora Rose de Freitas (MDB-ES). A sessão, que estava agendada para a última sexta-feira (19), foi adiada em razão do luto oficial de 24 horas pelo falecimento do senador Major Olímpio (PSL-SP), ocorrido na quinta-feira (18), em decorrência da covid-19. Ao iniciar a sessão, o Plenário do Senado fez um minuto de silêncio em homenagem a Olímpio.

“Rendo aqui as minhas homenagens ao nosso querido senador Major Olímpio. Nosso colega senador, o mais votado do Brasil pelo Estado de São Paulo, infelizmente, sucumbiu a esta doença terrível, que é o coronavírus. Minhas homenagens à sua família, aos seus amigos, ao povo do Estado de São Paulo e a todos os senadores e senadoras que desfrutaram do convívio com o forte senador Major Olímpio”, disse Pacheco.

Ainda na sessão, o Plenário aprovou uma moção de apelo em que é solicitado ajuda da comunidade internacional para a vacinação contra covid-19 no Brasil. O documento será encaminhado a órgãos como a Organização das Nações Unidas (ONU), Organização Mundial da Saúde (OMS), grupo G20, parlamentos, além de empresas fabricantes de imunizantes. O requerimento (RQS 1.097/2021) é inciativa da senadora Kátia Abreu (PP-TO), apoiado por outros 65 senadores.