Trabalhador não pode pagar a conta do ajuste fiscal, diz Renan

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), recebeu nesta terça-feira (10) representantes de seis centrais sindicais do país acompanhados de senadores e deputados federais.
10/02/2015 17h05

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), recebeu nesta terça-feira (10) representantes de seis centrais sindicais do país acompanhados de senadores e deputados federais. A Força Sindical, a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a União Geral dos Trabalhadores (UGT), a Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) e a Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) representam ao todo mais de sete milhões de trabalhadores de acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego.

Trabalhador não pode pagar a conta do ajuste fiscal, diz Renan Calheiros (PMDB-AL)

Os sindicalistas vieram pedir ao presidente Renan Calheiros apoio na discussão das Medidas Provisórias 664 e 665, editadas no final de 2014, e que para o grupo impõem medidas “prejudiciais aos trabalhadores”. “Com o Governo, a questão não será mais resolvida. Agora só temos o Parlamento”, disse Adilson Araújo, presidente da CTB, ao presidente do Senado. “Vamos buscar soluções para que o trabalhador não pague a conta do ajuste fiscal. Esse é um compromisso do Congresso Nacional e meu também. Não vamos faltar aos trabalhadores”, afirmou Renan.

O presidente do Senado observou que antes de adotar medidas de ajuste que reflitam na cadeia produtiva, o Poder Público deve fazer a sua parte. “Cortar despesas não é cortar direitos do trabalhador. O Senado Federal, por exemplo, fez a sua parte. Mas temos quase 40 ministérios e um enorme número de cargos de confiança no Executivo. É necessário mudar a gestão”, avaliou Renan Calheiros.

Trabalhador não pode pagar a conta do ajuste fiscal, diz Renan Calheiros (PMDB-AL). Foto: Jonas Pereira

Outra preocupação do presidente Renan é sobre uma regulamentação para as Medidas Provisórias. “MP quando afeta direito coletivo instabiliza a relação jurídica. Precisamos devolver à economia e ao setor produtivo a confiança em relação às MPs. Estamos preocupados com a edição de medidas provisórias que transmitem desconfiança. O Congresso Nacional tem que estar atento a isso porque não pode perder a legitimidade junto à sociedade”, observou.

Além dos representantes dos trabalhadores, participaram do encontro os senadores Paulo Paim (PT-RS), Lindbergh Farias (PT-RJ), Marta Suplicy (PT-SP), José Pimentel (PT-CE), Fátima Bezerra  (PT-RN), Regina Souza (PT-PI) e Paulo Rocha (PT-PA) e os deputados federais Paulinho da Força (SD-SP), Vicente Cândido (PT-SP) e Bebeto (PSB-BA). Ficou acertado entre os participantes que o Senado irá realizar uma série de audiências públicas para debater os impactos das medidas provisórias. "Eu acho que o protagonismo do Congresso Nacional é se colocar como instituição saneadora, que decide essas questões, que encaminha soluções", afirmou Renan Calheiros.

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