Senado cria comissão especial do Impeachment

O plenário do Senado elegeu nesta segunda(25) os 21 integrantes da comissão especial responsável pela análise do processo de impeachment da presidente Dilma. Os senadores foram eleitos em chapa única, como estabeleceu o Supremo Tribunal Federal (STF).
25/04/2016 18h30

O plenário do Senado elegeu nesta segunda-feira (25) os 21 integrantes da comissão especial responsável pela análise do processo de impeachment da presidente da República Dilma Rousseff. Os senadores foram eleitos em chapa única, como estabeleceu o Supremo Tribunal Federal (STF).

A primeira reunião do colegiado está prevista para a próxima terça-feira (26), quando deverão ser eleitos o presidente e o relator da comissão.

O relator terá prazo de dez dias uteis para se manifestar sob admissibilidade do processo contra a presidente. O parecer será submetido ao plenário do Senado. São necessários os votos de pelo menos 41 dos 81 senadores para que o processo seja aberto e a presidente Dilma afastada do cargo por até 180 dias. Após esse período, a comissão continuará os trabalhos.

Durante a segunda fase do processo, caso o processo seja aberto, os trabalhos deverão ser dirigidos pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Ricardo Lewandowski. Para aprovar o impeachment definitivamente são necessários 54 votos dos 81 senadores.

Questão de Ordem

Em plenário, o senador João Capiberibe (PSB-AP), apresentou questão de ordem para que, também, fosse aberto processo de impeachment contra o vice-presidente Michel Temer. Ele argumentou que a presidente e o vice-presidentes da República foram eleitos na mesma chapa.  O senador citou decisão liminar do ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Mello pedindo que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), abra processo contra Temer.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), negou prosseguimento da questão de ordem, ressaltou que os atos praticados por autoridades são distintos. Renan Calheiros lembrou, ainda, que o Senado irá fazer sua parte. “ Vamos cumprir o Regimento, o que determinou o Supremo Tribunal Federal e não colaborar com prejulgamentos, isso pode agravar a crise econômica”, alertou Renan.