O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), falou, nesta terça-feira (16), que os integrantes da comissão externa criada para ir à Venezuela viajarão em avião de carreira. Na segunda-feira (15), os senadores Aécio Neves (PSDB-MG) e Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) informaram que o governo venezuelano estaria negando a entrada de parlamentares brasileiros que pretendem visitar políticos de oposição detidos no país.

“A resposta com relação ao avião da FAB (Força Aérea Brasileira) não chegou. Conversei com o ministro (da Defesa, Jacques Wagner) várias vezes. Ele não tem uma posição definitiva da Venezuela e acho que isso, a essa altura, é desnecessário porque a decisão da comissão é viajar em avião de carreira”, declarou Renan.

O presidente do Senado disse também que não houve uma negativa formal do governo venezuelano sobre o assunto. “Evidente que a falta de uma resposta não deixa de ser entendido como uma negativa, mas é um rumor desnecessário porque a disposição da comissão é ir em avião de carreira”, disse Renan.

A previsão é que a comitiva de senadores embarque na quinta-feira (18) para Caracas. Lá, eles pretendem fazer um ato com as esposas dos políticos presos e falar à imprensa venezuelana em defesa da liberdade e da democracia.

“A percepção que eu tenho é de que o ministro Jacques Wagner durante o processo todo trabalhou no sentido de que houvesse um acordo com relação a essa visita que é uma visita do Senado, um poder independente. O requerimento foi aprovado. Portanto, não há nada fora do script ou do regimento”, afirmou Renan.

A comissão externa foi criada com base no Requerimento 77/2015, de autoria do senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), aprovado no plenário do Senado em fevereiro deste ano.