Renan não vai opinar sobre permanência de ministros do PMDB no governo

“Eu acho que se eu conseguir preservar a instituição dessa partidarização que está acontecendo de lado a lado, eu acho que estarei cumprindo o meu papel”, ponderou Renan.
30/03/2016 17h15

Nesta quarta-feira (30), o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), reafirmou que é preciso “separar o cargo de presidente do Congresso Nacional da instituição partidária” e falou que não vai opinar sobre a manutenção de ministros do PMDB no governo, um dia depois do diretório nacional do partido ter decidido sair da base de apoio.

“Eu me recusei a opinar sobre nomeação, muito mais, sobre exoneração”, disse Renan, que ontem conversou com quatro ministros: Helder Barbalho, dos Portos; Eduardo Braga, de Minas e Energia; Kátia Abreu, da Agricultura; e Marcelo Castro, da Saúde.

Renan Calheiros contou que os ministros externaram pontos de vista, mas não havia consenso entre eles. Segundo o presidente do Senado, eles ficaram de conversar com a presidente da República, Dilma Rousseff, e definir com ela o que vão fazer. Renan também afirmou que não deve avaliar a possibilidade dos ministros conseguirem uma licença temporária de filiação.

“Eu não devo discutir essa questão, comentá-la. Eu preciso ter uma preocupação com a independência do Congresso, com a instituição, com o Senado. Eu acho que se eu conseguir preservar a instituição dessa partidarização que está acontecendo de lado a lado, eu acho que estarei cumprindo o meu papel”, ponderou Renan.

O presidente do Senado destacou que não sabe o que motivou a realização da reunião do diretório nacional, mas enfatizou que “o PMDB tem uma responsabilidade muito grande com o Brasil, com a democracia, e deve, mais do que nunca, cumprir esse papel”.

“Estamos vivendo um momento conturbado da vida nacional e o PMDB, como maior instituição congressual, como maior partido, o PMDB tem uma responsabilidade muito grande. E qualquer movimento que o PMDB fizer, esse movimento, evidentemente, que vai influir nos outros partidos. O que só aumenta a responsabilidade”, argumentou Renan.