Depois de um dia inteiro de negociações com o governo, o presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciou no início da noite desta terça-feira (10), um entendimento sobre a correção da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF).  Em uma reunião com a presença do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e de todos os líderes partidários ficou acertado que o Palácio do Planalto editará uma medida provisória (MP) propondo uma  nova correção da tabela do IR, que será feita de forma escalonada. Assim, a faixa contributiva de menor poder aquisitivo pagará menos imposto a partir de 2015.

“A edição de uma medida provisória com o aval do Congresso Nacional é um avanço do ponto de vista institucional. E esta negociação alivia a conta dos mais pobres”, disse Renan Calheiros. A edição da MP surgiu como uma alternativa política à votação do veto presidencial ao projeto de lei aprovado pelo Congresso no ano passado que reajustava a tabela em 6,5%.  A votação do veto está marcada para esta quarta-feira (11).

Com o temor de ter o veto derrubado pelo Congresso, o Governo reabriu as negociações. Os entendimentos foram costurados durante todo o dia pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB–AL).

De acordo com o acordo, a correção da tabela será feita de forma escalonada da seguinte forma:

De R$1.787,78 até 2.679,29, a correção será de 6,5%;

De R$ 2679,30 até 3.572,43,  a correção  fica em 5,5%;

De 3.572,44 até  R$4.463,61, o reajuste da tabela será de 5%.

Acima de R$ 4.463,81, a correção será de 4,5%.

Pelas novas regras, ficam  isentos os contribuintes que recebem até R$1.903,98.