Renan defende maior participação das mulheres na política

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), participou nesta quinta-feira (31), de Sessão Solene destina a Campanha Institucional mulheres na política, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
31/03/2016 12h35

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), participou nesta quinta-feira (31), de Sessão Solene destina a Campanha Institucional mulheres na política, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).  Em discurso, ele ressaltou que qualquer iniciativa que tenha o objetivo de equiparar o quantitativo de mulheres ao dos homens em qualquer âmbito da vida nacional e bem-vinda. “Se em muitos setores da vida já é igualitária a presença de homens e mulheres, no mundo da política essa equiparação ainda não acontece, o que é lastimável”.

No entanto, Renan afirmou que o Senado Federal tem trabalhado continuadamente para que cada vez mais as mulheres tenham vez e voz.  Como exemplo, Renan lembrou a instalação da Procuradoria Especial da Mulher (PROMUL), que tem como finalidade debater a questão feminina, e tem se empenhado com brilhantismo pela construção de uma sociedade em que todos, independentemente do sexo, tenham os mesmos direitos.

Renan Calheiros disse ainda, que outro objetivo da PROMUL, é o enfrentamento da violência doméstica, ocorrências essas que persistem apesar do advento da Lei Maria da Penha, e deixado sequelas em tantas famílias. “Como é sabido, as marcas da violência acarretam graves distorções nas experiências de vida das mulheres e desencadeado diversos problemas sociais”, lamentou.

Ao lado desses dois objetivos, o presidente do Senado, afirmou que a ampliação da presença feminina no Congresso Nacional, tem tido todo apoio da atual gestão. “O déficit das mulheres na política é um entrave e um desafio para todos nós. É lamentável que o Brasil ainda esteja no centésimo vigésimo primeiro lugar no ranking de igualdade entre homens e mulheres na política”, ressaltou Renan, lembrando que, “em todo o Brasil, as mulheres ocupam menos de 10% das prefeituras, e apenas 12% dos vereadores são do sexo feminino. Na Câmara Federal temos apenas 44 mulheres no rol de 513 deputados. E no Senado, com 81 componentes, temos tão somente 13 mulheres”.

Renan Calheiros (PMDB-AL), disse ainda que a baixa representação política das mulheres brasileiras está na contramão do protagonismo feminino, apesar do nível de escolaridade maior do que dos homens e terem, em média, mais 11anos de estudo que nós. “Esse é o atual panorama com o qual não podemos concordar e para que as mudanças ocorram com a maior celeridade possível o Senado tem se esforçado com o aprimoramento do nosso marco legal a respeito da igualdade de direitos, estimulado a criação de mecanismos que proporcionem mais oportunidades às mulheres, e acolhido iniciativas de outras instituições que tenham também o objetivo de aumentar a presença das mulheres na política”, afirmou.

Renan Calheiros lembrou também que na semana passada o Senado criou o Observatório da Mulher contra a violência. Por meio do DataSenado, o observatório terá a função de reunir e sistematizar as estatísticas oficiais sobre a violência contra a mulher, além de analisar e produzir relatórios a partir dos dados oficiais e públicos, elaborar e coordenar projetos de pesquisa sobre as políticas de prevenção, de atendimento às vítimas, e de combate à violência. Participaram do encontro o presidente do TSE ministro Dias Tóffoli, os ministros do TSE Henrique Naves e Luciana Lóssio, a presidente da PROMUL, senadora Vanessa Grazziotin, e a deputada Elcione Barbalho (PMDB-PA), presidente da PROMUL da Câmara dos Deputados.