Renan defende adiamento da sessão do Congresso Nacional

Prevista para ocorrer hoje às 19h, a sessão do Congresso iria analisar temas como o reajuste dos servidores do Judiciário e o veto parcial ao Projeto de Lei de Conversão (PLV) 4/2015, que, entre outras mudanças nas regras da Previdência Social, acabava com o fator previdenciário.
22/09/2015 12h45

Renan defende adiamento da sessão do Congresso Nacional. Foto: Marcos Oliveira

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), defendeu nesta terça-feira (22) o adiamento da sessão do Congresso Nacional para votar os vetos presidenciais que aguardam análise dos deputados e senadores. A pauta tem 32 proposições legislativas vetadas parcial ou integralmente pela Presidência da República. “Eu acho que o pior que pode haver para o Brasil é nós fazermos essa sessão do Congresso Nacional potencializando o risco da desarrumação fiscal. Eu vou durante o dia reunir os líderes, conversar com todos, mas eu acho que chegou a hora de fazermos um apelo pela responsabilidade fiscal, eu acho que é dever do Congresso. Não podemos aumentar o risco do Brasil. E o Congresso, a exemplo do que fez, fará o possível para que não agravemos essa situação”, afirmou Renan.

Prevista para ocorrer hoje às 19h, a sessão do Congresso iria analisar temas como o reajuste dos servidores do Judiciário e o veto parcial ao Projeto de Lei de Conversão (PLV) 4/2015, que, entre outras mudanças nas regras da Previdência Social, acabava com o fator previdenciário.

A última vez que o Congresso conseguiu se reunir para votar vetos e outras propostas foi em 11 de março. “Por conta desse risco enorme da potencialização da crise, da desarrumação fiscal, não reunimos o Congresso há seis meses. E, se for necessário, passaremos mais tempo cedendo a um apelo à responsabilidade. O governo tem preocupação, mas não é o governo, é o país. Definitivamente, é chegado o momento de fazermos um apelo à responsabilidade fiscal”, enfatizou Renan.

O presidente do Senado também falou sobre a situação da economia e a alta do dólar. Para Renan, o Congresso tem colaborado com o país. “O Congresso tem ajudado bastante o Brasil. Ainda no ano passado reduzimos a meta de superávit, depois votamos o Orçamento apenas em março e fizemos o ajuste, votamos todas as medidas do ajuste, inclusive a reoneração, apresentamos uma agenda de reformas estruturais. Queremos ajudar. E a maior sinalização que o Congresso pode dar hoje ao Brasil é de que não quer que o Brasil aumente o seu risco, e realizar a sessão do Congresso é potencializar o risco do Brasil”, disse Renan.

O presidente do Senado cobrou ainda do governo o envio das medidas do novo ajuste fiscal. Elas foram anunciadas há uma semana e ainda não chegaram ao Congresso. “Especificamente cobramos do ministro Levy. É fundamental que o governo retome a inciativa para sinalizar claramente com relação a uma saída, ou a algumas saídas para o Brasil. Todo mundo está torcendo para isso”, afirmou Renan.