Renan aguarda decisão do STF para definir recesso

O presidente explicou que vai aguardar a decisão do Supremo Tribunal Federal sobre a definição do rito do processo de impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff, para decidir se haverá ou não, recesso parlamentar.
16/12/2015 11h30

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), explicou na manhã desta quarta-feira, (16), que vai aguardar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a definição do rito do processo de impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff, para decidir se haverá ou não, recesso parlamentar. A decisão do plenário do STF deve ser anunciada nesta quarta-feira pelos onze ministros da Corte. “Logo após a decisão do STF, vamos decidir se convocaremos ou não o Congresso”, disse Renan.

Em relação à pauta legislativa, Renan Calheiros anunciou que está mantida para esta quarta-feira a sessão do Congresso em que deve ser votados o Plano Plurianual (PPA) e a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Renan Calheiros afirmou que existe acordo para apreciação das duas matérias. O presidente do Senado também antecipou que convocará sessão do Congresso para quinta-feira (17). A ideia é votar o que for possível do orçamento e dar uma melhor “sinalização” para 2016, garantiu Renan.

PMDB

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) também criticou duramente a participação do partido na coalizão governista. Renan alertou que a legenda errou ao priorizar a escolha de cargos em vez de estabelecer uma base programática para a sustentação da aliança. “Quando o PMDB foi chamado para coordenar o processo político da coalizão, o PMDB se preocupou apenas com o RH, eu adverti sobre isso na oportunidade. O PMDB perdeu a oportunidade de qualificar sua participação no governo, o PMDB tem muita culpa, o governo tem culpa, mas o PMDB também tem muita culpa com o que está acontecendo”, enfatizou.

Renan Calheiros também atacou o posicionamento da Executiva nacional da legenda de barrar novas filiações partidárias para evitar o fortalecimento da ala do partido mais alinhada ao governo. “O Partido Democrático não tem dono, fazer reunião para proibir a entrada de deputado, isso é um retrocesso que deve estar fazendo o Dr. Ulysses Guimarães tremer na cova. O presidente Michel é o presidente do partido, se alguém tem responsabilidade com relação a isso é o presidente Michel”, encerrou Renan.