Renan acredita que “bom-senso e equilíbrio vão preponderar” em sessão do Congresso
No início da tarde desta terça-feira (17), o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), confirmou sessão do Congresso Nacional marcada para as 19 horas de hoje. O presidente do Senado espera que os parlamentares consigam votar os 13 vetos que constam da pauta. Entre eles, o veto (VET) 26/2015, que rejeita a proposta de reajuste em até 78,56% para os servidores do Poder Judiciário.
“Vamos fazer sim uma sessão do Congresso Nacional onde pretendemos apreciar um a um todos os 13 vetos que estão trancando a pauta. A expectativa é que nós vamos realizar a sessão, que haverá quórum e que nós vamos apreciar todos os vetos que estão trancando a pauta”, previu Renan.
Além do veto ao aumento no Judiciário, há outros itens que preocupam o governo porque determinam mais gastos. É o caso do veto 29/2015, que impede a correção de todos os benefícios de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) sob a mesma regra aplicada ao salário mínimo. São matérias da chamada pauta-bomba, que Renan acredita que serão barradas pelos parlamentares.
“A expectativa que nós temos é que o equilíbrio e a responsabilidade possam prosperar. Eu tenho muita preocupação com a apreciação de alguns vetos da chamada pauta-bomba, mas tenho, por outro lado, a convicção e a esperança de que o bom-senso e o equilíbrio vão preponderar e esses vetos serão mantidos”, considerou Renan.
Congresso do PMDB
“O Congresso é um passo importante no sentido da caracterização partidária com relação a um programa, a uma direção, a um caminho. O PMDB está buscando isso e eu acho isso salutar na democracia”, disse o presidente do Senado sobre o Encontro Nacional do Partido realizado nessa manhã em Brasília.
Para Renan Calheiros, o documento lançado, pelo PMDB, com o título Uma ponte para o Futuro não representa um afastamento do governo.
“Eu acho que não, mas claramente define um caminho programático na relação com o governo. O PMDB apresenta um documento com ideias, propostas, sugestões, direções e isso é muito bom na própria relação do PMDB com o governo, delimitá-la do ponto de vista programático”, afirmou Renan.
Questionado sobre o fato do programa do partido trazer pontos diferentes dos que são defendidos pelo governo, o presidente do Senado destacou que “não há, no PMDB também, uma concordância com relação a todos os pontos, mas demonstra sobretudo uma grande preocupação com o Brasil.”