Não é papel do presidente do Congresso botar fogo na crise, diz Renan

Ao chegar ao Senado, nesta terça-feira (8), o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), defendeu que o presidente do Congresso Nacional deve agir com equilíbrio diante da atual crise enfrentada pelo país.
08/03/2016 12h10

Ao chegar ao Senado, nesta terça-feira (08), o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), defendeu que o presidente do Congresso Nacional deve agir com equilíbrio diante da atual crise enfrentada pelo país. Foto: Jane de Araújo

Ao chegar ao Senado, nesta terça-feira (8), o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), defendeu que o presidente do Congresso Nacional deve agir com equilíbrio diante da atual crise enfrentada pelo país.

“Não é papel do presidente do Congresso Nacional botar fogo na crise. O papel do presidente do Congresso Nacional é mais do que nunca trabalhar pela serenidade, pelo bom senso, pelo equilíbrio. Nós tivemos, aqui no Senado Federal em 64, um presidente que passou do limite do equilíbrio e fraturou a democracia, portanto não cabe a mim botar fogo na crise”, pontuou Renan.

Quanto à Convenção do PMDB, marcada para sábado em Brasília, o presidente do Senado disse que a expectativa é para que o partido encontre a unidade.

“A Convenção do PMDB é uma convenção que, politicamente, o que se recomenda é que o PMDB aproxime suas correntes. Eu tenho defendido que é necessária a unidade do PMDB, nós precisamos aproximar as correntes do partido e quanto mais representativa for a executiva melhor. É uma demonstração salutar de que está compreendendo as circunstâncias do país”, defendeu Renan.

 

CPI do Carf

Questionado sobre possíveis divergências entre a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Carf que a Câmara dos deputados instala hoje e a CPI do Senado que encerrou os trabalhos em dezembro, Renan voltou a pedir que prevaleça o bom senso e equilíbrio.

“A sociedade está sendo bombardeada por informações, por boatos, por disse-me-disse, e cabe ao presidente do Congresso Nacional preservar o equilíbrio e, como disse o presidente Michel Temer, a harmonia entre os poderes” argumentou Renan.

No Senado, a CPI que investigou o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) pediu o indiciamento de 28 pessoas, por crimes como sonegação fiscal e corrupção ativa e recomendou o aperfeiçoamento da legislação tributária como forma de combater à sonegação fiscal e à corrupção no país.

 

Agenda Expressa

Assim que liberar a pauta do Senado, trancada por duas medidas provisórias, a expectativa de Renan Calheiros é anunciar a agenda expressa, conjunto de matérias que terão prioridade de votação neste ano e que foi discutida com todas as bancadas partidárias nas últimas semanas. Antes do anúncio em plenário, o presidente pretende ouvir os líderes para homologar as prioridades do Congresso Nacional.

“Nós hoje temos medidas provisórias trancando a pauta, na sequência, nós vamos votar a Lei de Responsabilidade das Estatais e, a partir daí, nós vamos anunciar uma agenda com aquilo que os partidos, as bancadas, entenderam como prioridade”, informou Renan.