Não cabe ao Congresso opinar sobre a articulação política do governo, diz Renan

“Se ela (matéria) for vetada, a última palavra é do Congresso Nacional. Essa foi uma conquista que nós precisamos preservar e fizemos isso ontem”, destacou Renan.
12/03/2015 12h10

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), falou na manhã desta quinta-feira (12), em entrevista a jornalistas, sobre o papel do Congresso Nacional e destacou que a articulação política do governo não é competência do Parlamento. Renan foi questionado sobre as mudanças anunciadas pela presidente Dilma Rousseff na área de coordenação política. Ontem (11), Dilma  disse que vai ampliar a coordenação política, atualmente integrada por seis ministros petistas, com a incorporação do PMDB, PCdoB e PSD. Segundo Dilma, os ministros Eliseu Padilha (Aviação Civil), Aldo Rebelo (Ciência e Tecnologia) e Gilberto Kassab (Cidades) se juntarão a Aloizio Mercadante (Casa Civil), Pepe Vargas (Relações Institucionais), Miguel Rossetto (Secretaria-Geral), Jaques Wagner (Defesa), Ricardo Berzoini (Comunicações) e José Eduardo Cardozo (Justiça), nas reuniões de articulação do governo. “Eu acho que essa questão da articulação do governo afeta aos partidos. Não cabe ao Congresso Nacional opinar sobre ela. O Congresso tem que ser cada vez mais Congresso. Ontem, nós apreciamos vetos, limpamos a pauta de vetos. Não há nenhum veto trancando a pauta e o Congresso, por meio das duas Casas, deliberou conforme a vontade da maioria”, disse Renan.

Não cabe ao Congresso opinar sobre a articulação política do governo, diz o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Foto: Jane de Araújo

Renan destacou ainda a importância dos partidos manterem o diálogo. “Eu acho que, na coalizão, os partidos precisam conversar mais para que nós tenhamos um fundamento. Acho que o Brasil precisa muito disso”, afirmou Renan.

Congresso tem a palavra final em vetos

O presidente do Senado ressaltou ainda que quando uma matéria que tramita no Congresso é sancionada, a última palavra é do Executivo, mas se for vetada, a decisão é do Parlamento. “Se ela (matéria) for vetada, a última palavra é do Congresso Nacional. Essa foi uma conquista que nós precisamos preservar e fizemos isso ontem”, destacou Renan.