Manifestantes terão 48 horas para deixar gramado do Congresso

“Esperamos que todos saíam, caso contrário usaremos os meios necessários para retirá-los. Meios previstos na Constituição Federal, que possibilita ao Estado inclusive o uso da força”, encerrou.
19/11/2015 18h50

Em uma reunião na tarde desta quinta-feira (19) os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rolemberg (PSB) decidiram dar um prazo de até 48 horas para que os manifestantes acampados no gramado em frente ao Congresso Nacional deixem a área.

Há algumas semanas, manifestantes foram autorizados pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, a permanecer na área até o dia 15 de novembro. Eles pediam o impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff. A situação se complicou nesta quarta-feira (18), quando houve confronte entre grupos antagônicos. Duas pessoas foram presas e parlamentares atingidos por spray de pimenta, enquanto deputados e senadores votam os vetos presidenciais. Também houve confusão durante a passagem da Marcha das Mulheres Negras pelo Congresso.

Logo após a reunião, o presidente da Câmara explicou aos jornalistas que a situação fugiu do controle depois que grupos adversários passaram a ocupar a mesma área. “O governador nos informou que não tem como manter a segurança e a ordem pública do jeito que as coisas estão ficando e então nos apelou para que nós buscássemos uma situação de consenso. É uma situação delicada, tomamos a decisão de buscar essa saída de consenso. Não é por qualquer vedação ao direito de manifestação, ou vedação a qualquer tipo de ideologia, é simplesmente porque há uma incapacidade de dar a segurança de todos eles”, explicou Cunha.

O governador do Distrito Federal enfatizou que os manifestantes terão até 48 horas, depois da devida comunicação, para deixar a área. Ele alertou que integrantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), que ocupam uma parte do gramado, já se dispuseram a sair. “Esperamos que todos saíam, caso contrário usaremos os meios necessários para retirá-los. Meios previstos na Constituição Federal, que possibilita ao Estado inclusive o uso da força”, encerrou.