Líderes do Senado recomendam realização de sessão do Congresso hoje

Segundo os parlamentares, do governo e da oposição, um novo adiamento pode aumentar a instabilidade econômica no país.
22/09/2015 17h50

Em reunião de líderes nesta terça-feira (22), os senadores defenderam a realização da sessão do Congresso Nacional prevista para hoje. Segundo os parlamentares, do governo e da oposição, um novo adiamento pode aumentar a instabilidade econômica no país. Ontem (21), o Palácio do Planalto informou que o custo de uma eventual derrubada de vetos presidenciais a projetos que geram gastos públicos seria de R$ 127,8 bilhões até 2019. Só no ano que vem, o gasto extra seria de R$ 23,5 bilhões.

Delcídio do Amaral (PT-MS), líder do governo no Senado, afirmou que é preciso “tirar esse fantasma da frente”, referindo-se à realização da sessão, e garantiu que os parlamentares do governo vão dar quórum. Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), líder do partido no Senado, teme que o dólar chegue a R$ 5,60, caso a sensação de insegurança permaneça, agravada por um novo adiamento da sessão. O líder tucano vai orientar a bancada a votar pela manutenção dos vetos, com exceção do veto 26 ao Projeto de Lei 28/2015, que trata do reajuste do Judiciário. Neste caso, cada parlamentar do PSDB está liberado para apreciar como julgar melhor.

Ronaldo Caiado (DEM-GO), líder do Democratas, seguiu a linha de pensamento do colega de oposição e defendeu a realização da sessão, mas não adiantou como a bancada deverá votar. Para José Pimentel (PT-CE), líder do governo no Congresso, “o pior dos mundos” é não acontecer a sessão do Congresso hoje. Diante dos argumentos, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), concluiu que: “Do ponto de vista do Senado, há consenso de que a sessão do Congresso deve ser realizada hoje.”