É preciso cortar despesas e reformar o Estado antes de pensar em aumentar impostos, diz Renan

“Conversamos sobre tirar a Agenda Brasil do papel. O ministro falou sobre andamento do ajuste, defendeu a Agenda Brasil e a necessidade de definirmos os pontos prioritários. Ele elogiou a Agenda Brasil e disse que vai somar esforços e apreciar um a um os pontos da proposta”, explicou Renan aos jornalistas na chegada ao Senado.
27/08/2015 17h35

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), se reuniu nesta quinta-feira (27) com os ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e de Minas e Energia, Eduardo Braga; e com o líder do PMDB, senador Eunício Oliveira; para tratar de um calendário para a tramitação das propostas da Agenda Brasil, documento proposto por Renan que reúne medidas para alavancar o crescimento econômico e aumentar a segurança jurídica.

É preciso cortar despesas e reformar o Estado antes de pensar em aumentar impostos, diz Renan. Foto: Jonas Pereira

As sugestões de iniciativas legislativas estão divididas em três eixos: melhoria do ambiente de negócios e infraestrutura; equilíbrio fiscal e proteção social. “Conversamos sobre tirar a Agenda Brasil do papel. O ministro falou sobre andamento do ajuste, defendeu a Agenda Brasil e a necessidade de definirmos os pontos prioritários. Ele elogiou a Agenda Brasil e disse que vai somar esforços e apreciar um a um os pontos da proposta”, explicou Renan aos jornalistas na chegada ao Senado.

Questionado sobre as tratativas para a volta da Contribuição Permanente Sobre Movimentação Financeira (CPMF), o presidente do Senado negou que Joaquim Levy tenha falado sobre a criação desse imposto no encontro. “Eu disse para ele mais uma vez que tenho preocupação com a elevação da carga tributária. Porque eu entendo que quando o imposto é grande demais, ele mata o próprio imposto. A Agenda Brasil tem premissas. Que é a simplificação dos impostos, a facilitação, o aumento da base de contribuição e o corte de despesas. É preciso cortar despesas e fazer a reforma do Estado para só a partir daí se pensar em aumento de imposto”, assegurou Renan.

O presidente do Senado defendeu a reforma Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS) e do PIS/Cofins sem provocar elevação de tributos. “Eu prefiro raciocinar pelo corte de despesas, pela simplificação, pelo aumento da base. Eu acho que dessa forma o Brasil caminhará melhor”, defendeu Renan. Na próxima semana, de acordo com Renan, duas comissões com vistas a estudar propostas para sanar a crise vão ser instaladas. Na terça-feira (01) será a Comissão Especial de Desenvolvimento Nacional e na quarta-feira (02), a Comissão de Juristas que irá propor medidas para desburocratizar a Administração Pública.