O presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), se reuniu, nesta quinta-feira (5), com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luiz Fux, para conversar sobre a segurança nas eleições deste ano. O senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) também participou do encontro.

A preocupação principal é garantir que não ocorra nenhuma fraude no processo eleitoral de 2018, e, para isso, o presidente do Senado defendeu o sistema de biometria, que identifica o eleitor por impressões digitais e não apenas por documentos.

"A questão da ampliação da biometria que, entendo eu, seja essencial para ampliação da segurança no que se refere à segurança eleitoral, do equilíbrio e do menor risco possível em relação a fraudes", afirmou Eunício ao lembrar que as fraudes podem ocorrer quando, por exemplo, algum eleitor utiliza documentos de pessoas já falecidas.

O presidente do Senado ainda sugeriu ao presidente do TSE que seja feito um cruzamento de dados entre o número de votantes e de quem justifica a ausência na votação com o resultado total de eleitores.

"Esse somatório não pode ser diferente. Você não pode ter 90 pessoas votando numa urna de 100 e outra quantidade de pessoas justificando o voto depois", argumentou Eunício.

Questionado por jornalistas, se a impressão do voto também não traria mais segurança às eleições, o presidente do Senado ponderou que a medida pode trazer aumento de custos ao país.

“A biometria junto com o cruzamento, no meu entendimento, dá segurança total do ponto de vista do equilíbrio das eleições e da não fraude em eleições. Já o voto impresso vai custar mais de dois bilhões e meio ao Brasil. É o que se estima para compra de novas máquinas, impressoras. Será outro tipo de comportamento do ponto de vista de impressão do voto, de equipamento, então tudo vai ser comprado novamente”, esclareceu.

Eunício Oliveira afirmou que o ministro Fux foi receptivo às propostas e que também está comprometido em implementar medidas que garantam a segurança nas eleições deste ano.