Eunício se reúne com Temer, Gilmar Mendes e Maia para tratar de novo modelo eleitoral para 2018

O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), defendeu a criação de um novo modelo político eleitoral para o país com a adoção da chamada lista fechada. Por este modelo, o eleitor vota numa lista elaborada pelo partido e não mais no candidato.
15/03/2017 15h55

O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), defendeu a criação de um novo modelo político eleitoral para o país com a adoção da chamada lista fechada. Por este modelo, o eleitor vota numa lista elaborada pelo partido e não mais no candidato. O assunto foi discutido nesta quarta-feira (15) numa reunião com a presença do presidente da República, Michel Temer. Também participaram o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

O presidente do Senado explicou que o atual modelo político está ultrapassado e destacou que, durante a conversa, houve convergência em torno da opção pela lista fechada. Também foi discutida a mudança no financiamento eleitoral das campanhas políticas.

“ Não consigo entender como nós vamos fazer financiamento público de campanha sem lista fechada. Com o modelo que está aí de lista aberta, de proporcionalidade partidária e sem nenhum tipo de controle, não vejo como fazermos financiamento público”, disse Eunício.

O presidente do Senado, Eunício Oliveira, alertou que é preciso criar um modelo de transição para as eleições de 2018. Uma das sugestões seria uma lista preordenada elaborada pelos partidos políticos. O parlamentar lembrou que a reforma política é um assunto primordial para o Congresso Nacional e frisou que o tema precisa ser aprovado até setembro de 2017 para que entre em vigor em 2018, antes das eleições.

Rotina de trabalhos

Questionado sobre o andamento dos trabalhos legislativos diante dos novos desdobramentos das investigações no Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente do Senado, Eunício Oliveira, disse que os trabalhos na Casa não serão prejudicados.

“Nós temos um compromisso com o Brasil. Nós temos um compromisso com as reformas. Nós temos um compromisso com a geração de empregos e com inserção de 13 milhões de brasileiros que estão fora do mercado”, defendeu Eunício. “Esta Casa vai saber separar. A Justiça vai cuidar da Justiça e a Casa vai cuidar daquilo que precisamos fazer, aprovar leis novas para destravar o crescimento do país”, encerrou.