O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), concedeu entrevista, na manhã desta terça-feira (27), e anunciou que vai reunir os líderes do Senado e da Câmara dos Deputados para discutir a reforma política.

“Vou almoçar com parlamentares e lideranças das duas Casas, iremos debater a reforma política, iremos contar inclusive com a presença do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) ”, disse Eunício.

O presidente do Senado alertou que o prazo para a aprovação da reforma política está correndo e as mudanças somente irão valer para as próximas eleições se a reforma for aprovada antes de setembro deste ano.

“Não temos ainda um modelo político para a disputa das eleições de 2018. Não é possível irmos para o próximo pleito com esse modelo antigo e arcaico de disputa, que deu errado e tumultuou a vida política brasileira, numa posição desconfortável”, alertou Eunício.

O presidente do Senado voltou a defender que o Congresso Nacional continue trabalhando, com pauta própria, na defesa dos interesses do Brasil. Segundo Eunício, o Senado está trabalhando e segue com a reforma trabalhista. O presidente do Senado acredita que o relatório da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) deve ser votado nesta semana e, na sequência, encaminhado para o Plenário em regime de urgência.

“Precisamos nos lembrar de mais de 14 milhões de brasileiros que estão desempregados e garantir trabalho aos os jovens que vão iniciar suas carreiras. Não existe democracia sem política”, defendeu Eunício.

Bancada do PT

O presidente do Senado informou, durante entrevista dada na manhã desta terça-feira, que vai jantar com a bancada do PT do Senado para debater sobre matérias e temas relevantes para a sociedade brasileira.

Denúncia contra Temer

Questionado sobra a denúncia feita pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal (STF), contra o presidente da República, Michel Temer, Eunício Oliveira disse que é preciso ter “serenidade”.

“A representação feita pelo procurador-geral da República deve ser respondida pelo STF e pela Câmara do Deputados. Não cabe ao Senado opinar nesse processo porque é assim que a Constituição Federal diz que deve ser feito”, esclareceu Eunício.