Eunício defende que as reformas de maior profundidade sejam feitas pelo próximo presidente da República

10/10/2018 16h39

Segundo o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), é prudente que as reformas de maior profundidade sejam feitas com a participação do próximo presidente da República. Nesta quarta-feira (10), Eunício defendeu que é preciso ter paciência e aguardar os fatos.

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“Não é que este Congresso não tenha legitimidade pra fazer, ele pode fazer, mas quem deve fazer essas reformas deve ser o próximo presidente. Ele é que vai governar o país por quatro anos, então fazer reformas agora não sei nem se será adequado nesse momento. É preciso ter um pouco de calma, aguardar o dia 28 à noite, aí nós vamos saber quem vai ser o presidente, aí, no dia seguinte, a gente começa a discutir”, argumentou o presidente do Senado.

Entre as matérias que dependem da aprovação do Congresso Nacional e vai orientar o trabalho do futuro presidente da República, está o orçamento para 2019. O Projeto de Lei do Congresso Nacional (PLN) 27/2018, que define as receitas e despesas para o ano que vem, aguarda votação na Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO). Depois de aprovado no colegiado, seguirá para votação no plenário do Congresso.

“Eu admito discutir [o orçamento] com qualquer um dos dois [presidentes] que possa vir a ganhar as eleições. Até porque o orçamento deste ano é feito para o próximo ano”, afirmou Eunício.

Fake News

Questionado sobre a proliferação das “fake news”, notícias falsas espalhadas nas redes sociais, nestas eleições, o presidente do Senado disse que é preciso encontrar mecanismos que coíbam essa prática.

“Eu lamento que uma ferramenta importante como é a tecnologia, o whatsapp, o facebook, tenha sido utilizada para fazer exatamente isso [fake news]. Por exemplo, eu cheguei a ganhar quatro ou cinco direitos de resposta porque o próprio candidato lançava fake news e não há punição verdadeira para isso. É uma ferramenta importante, mas nós temos que ter limites e penalidades para aqueles que fazem fake news e não notícias”, defendeu Eunício Oliveira.