“Eu nunca defendi déficit de R$ 170 bilhões. O melhor é mesmo que não houvesse déficit”, diz Eunício

O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), reafirmou, nesta terça-feira (15), ao chegar ao Congresso Nacional, que não defende o aumento de déficit primário da nova meta fiscal. “A necessidade de déficit defendido pela área econômica do Governo foi de R$ 159,6 bilhões."
15/08/2017 12h40

Imprensa1508

O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), reafirmou, nesta terça-feira (15), ao chegar ao Congresso Nacional, que não defende o aumento de déficit primário da nova meta fiscal.

“A necessidade de déficit defendido pela área econômica do Governo foi de R$ 159,6 bilhões. Eu nunca defendi déficit de R$ 170 bilhões. O melhor é mesmo que não houvesse déficit”, disse Eunício.

Eunício participou de uma reunião, no Palácio do Jaburu, entre o presidente da República, Michel Temer, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e os ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, e do Planejamento, Dyogo Oliveira. No encontro, foram fechadas as novas metas fiscais.

“O déficit que ficou acertado, naquele momento, é que o governo tinha a necessidade de sair de 129 para 159,6 bilhões de reais. Havia necessidade de um acréscimo de mais 29,6 bilhões de reais, além dos cortes que seriam feitos.”, contou Eunício.

O presidente do Senado disse ainda que pediu novos dados para o ministro da Fazenda e do Planejamento sobre a diferença entre o somatório de cortes e a mudança da meta.

“Eu presido das informações para discutir isso na reunião de líderes hoje à tarde, e para discutir isso com alguns companheiros que vão me procurar neste sentido”, explicou Eunício.

O presidente do Senado falou também sobre o Refis, Programa Especial de Regularização Tributária, e disse que “não é razoável que se faça um Refis a cada seis meses”.

Eunício falou ainda sobre a possibilidade de aumento da carga tributária e reiterou que o Congresso não concorda com a alternativa.

“Desde a quinta-feira, estamos ponderando e dizendo que não aceitamos a criação de novos impostos ou aumento dos já existentes. Eu tenho muita dificuldade de pautar matérias, neste momento de dificuldade da economia, que aumentem a taxação de pessoas físicas e que possibilitem acréscimo de impostos nesse país. O que ficou definido é que nós não teríamos aumento de carga tributária. E o presidente Michel Temer disse que tinha optado por não aumentar, mas que havia necessidade da mudança da meta orçamentária para o Brasil”, acrescentou Eunício.