Comissão Especial do Congresso vai discutir proposta de sistema unificado de segurança, diz Eunício

O presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), afirmou nesta quinta-feira (8) que já conversou com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), sobre a criação de uma comissão especial do Congresso Nacional para discutir a criação do sistema unificado de segurança pública.
08/02/2018 13h35

O presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), afirmou nesta quinta-feira (8) que já conversou com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), sobre a criação de uma comissão especial do Congresso Nacional para discutir a criação do sistema unificado de segurança pública.

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“O presidente da Câmara convidou o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre Moraes, e nós conversamos para transformar a comissão especial da Câmara em uma comissão do Congresso Nacional. Queremos encontrar uma saída. Estamos defendendo a integração da segurança pública. Nós temos um Sistema Único de Saúde (SUS) e também temos na área de educação, o Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação).  Na segurança pública no Brasil, qual sistema integrado que nós temos? Propus que fosse uma comissão mista para pensarmos em um sistema integrado. As polícias hoje não se comunicam. Polícia Federal, Abin (Agência Brasileira de Inteligência), enfim todo o sistema de segurança precisa se integrar”,

O presidente do Senado também falou sobre a reforma da Previdência. Em café da manhã com jornalistas em Brasília, Eunício disse que, se a proposta não for votada em fevereiro, pode ficar para o mês de novembro.

“A reforma foi muito mal vendida. Essa reforma precisa ser feita. Se a Câmara votar, nós vamos dar um rito normal no Senado sabendo que ela é uma matéria prioritária no Senado. Se por acaso não acontecer a votação na Câmara, nós temos até novembro, começo de dezembro para votar esta matéria”, explicou.

Eunício afirmou que o Brasil tem dificuldade em pagar os privilégios e que eles precisam ser retirados.

“Eles precisam ser retirados da Previdência ou em qualquer lugar que eles estejam”.

O senador disse ainda que a reforma está na Câmara há mais de um ano e que o Senado vai analisar o texto com calma.

“O sistema é bicameral. A reforma tem um ritual na Câmara e um ritual no Senado.

É uma matéria que vai tramitar cumprindo o regimento. A não ser que haja um entendimento entre os líderes, que tenha um pedido de urgência. Há um trâmite normal das matérias na Casa”, ressaltou.

Ele afirmou ainda que a reforma será tema obrigatório na eleição presidencial, assim como a economia e a segurança pública.

"A Previdência será tema obrigatório na eleição. Nenhum candidato a presidente da República terá condições deste debate se a reforma não for aprovada agora. Os candidatos terão que dizer o que farão com o dinheiro público", disse.