Centrais sindicais entregam a Eunício Agenda Prioritária da Classe Trabalhadora

O documento, formulado pelo Fórum das Centrais (CUT, CSB, CTB, Força Sindical, Intersindical, Nova Central e UGT), traz 22 propostas para incremento da oferta de emprego e desenvolvimento do Brasil.
20/06/2018 18h35

Nesta quarta-feira (20), o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), recebeu a Agenda Prioritária da Classe Trabalhadora entregue por representantes de sete centrais sindicais e pelos senadores Paulo Paim (PT-RS) e Hélio José (PROS-DF). O documento, formulado pelo Fórum das Centrais (CUT, CSB, CTB, Força Sindical, Intersindical, Nova Central e UGT), traz 22 propostas para incremento da oferta de emprego e desenvolvimento do Brasil.

Centrais sindicais entregam a Eunício Agenda Prioritária da Classe Trabalhadora. Foto: Marcos Brandão

A pauta defende, por exemplo, o aumento das parcelas do seguro-desemprego; a renovação, para o próximo quadriênio (2020 a 2023), da política de valorização do salário mínimo e a revogação da Emenda Constitucional 95/2016, que congela os gastos públicos por 20 anos. Segundo o senador Paulo Paim, com o congelamento dos investimentos, “todos os brasileiros perdem porque não têm emprego, não têm saúde, não têm educação, não têm salário”.

A categoria também pede a suspenção de artigos considerados negativos na Lei 13.429/2017, da terceirização, e na Lei 13.467/2017, da reforma trabalhista. Entre os pontos criticados pelos sindicalistas, está o fim do imposto sindical obrigatório. Os representantes do Fórum das Centrais argumentam que, ao tornar a contribuição dependente da autorização prévia e expressa do empregado, a reforma aprofundou o desequilíbrio entre os sindicatos patronais e de trabalhadores. Eles explicaram que, enquanto o imposto é a principal fonte de sustento das organizações dos trabalhadores, os patrões dispõem de outras receitas e, por isso, podem abrir mão desse recurso.

“Eunício se mostrou simpático às ideias, mas colocou que isso tem que ser uma discussão dos partidos. Ele enfatizou também essa visão dos futuros candidatos a presidente da República, oficialmente não temos nenhum, mas, extra-oficialmente, temos 20, e que esses 20 recebam esse material também e coloquem o ponto de vista deles”, informou Paulo Paim.